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Oi: uma RJ de 50 bi; Bolsa sobe 1,6%…

Oi pede recuperação judicial  A operadora de telefonia Oi pediu recuperação judicial no início da noite desta segunda-feira. No total, a empresa tem 53 bilhões de reais em dívidas. Esse é o maior pedido de recuperação judicial já protocolado no Brasil. O recorde anterior pertencia à companhia de óleo e gás OGX, que tinha dívidas […]

OI: o governo estuda conceder às empresas de telefonia incentivos que podem ir de 40 a 100 bilhões de reais / Germano Lüders (Germano Lüders/Exame)

OI: o governo estuda conceder às empresas de telefonia incentivos que podem ir de 40 a 100 bilhões de reais / Germano Lüders (Germano Lüders/Exame)

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Da Redação

Publicado em 20 de junho de 2016 às 18h54.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h21.

Oi pede recuperação judicial 

A operadora de telefonia Oi pediu recuperação judicial no início da noite desta segunda-feira. No total, a empresa tem 53 bilhões de reais em dívidas. Esse é o maior pedido de recuperação judicial já protocolado no Brasil. O recorde anterior pertencia à companhia de óleo e gás OGX, que tinha dívidas de 11,2 bilhões de reais em 2013. Na tarde desta segunda-feira, a Oi também anunciou que fechou um acordo com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), um de seus maiores credores, para suspender o pagamento de sua dívida por um prazo de 180 dias. Antes do pedido de recuperação ser anunciado, as ações da companhia fecharam mais um dia em queda. Os papéis preferenciais caíram 10%; e os ordinários, 5,9%.

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Negociações na Gol

A companhia aérea Gol, que também segue tentando negociar com seus credores, anunciou uma mudança nas condições de troca de títulos de dívidas. Pelos cálculos de analistas do banco BTG Pactual, com o novo acordo, investidores devem ter perdas de 45% sobre o valor dos títulos, ante as perdas de 68% anteriormente. Segundo os analistas do BTG Renato Mimica e Samuel Alves, os termos tornaram a oferta mais atrativa e com isso a chance de sucesso é maior. Até então, apenas 18% dos credores haviam aceitado a proposta da Gol, agora o banco Bradesco BBI estima que a taxa de aceitação passará dos 50%. Hoje as ações da companhia subiram 3%.

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Vendas na Vale

O diretor de controladoria e relações com investidores da mineradora Vale, Rogério Nogueira, disse que a companhia pretende vender de 4 bilhões a 5 bilhões de dólares em ativos não estratégicos nos próximos 12 meses. Hoje as ações ordinárias da companhia subiram 1,9%.

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Bolsa: alívio do Brexit

O Ibovespa subiu 1,61% nesta segunda-feira. A alta foi impulsionada por pesquisas que mostraram que o apoio à permanência do Reino Unido na União Europeia cresceu. O dólar caiu 0,61%, fechando o dia em 3,40 reais. A ação que mais subiu foi a da empresa de logística Rumo ALL — alta de 6,3%. Em segundo lugar, as ações da construtora MRV subiram 5,8% com a notícia de que a empresa iniciará seu maior projeto, batizado de Grand Reserva Paulista, até o fim deste ano. O empreendimento fica em Pirituba, na zona norte de São Paulo, e tem um valor geral de vendas estimado em 1,5 bilhão de reais.

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Ajuda aos Correios

O Ministério da Fazenda autorizou nesta segunda-feira o aumento dos preços dos serviços prestados pelos Correios. O reajuste médio é de 10,7%. É mais uma medida para ajudar a companhia a sair vermelho, mas ainda depende da autorização do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações para entrar em vigor. A empresa terminou 2015 com prejuízo de 2,1 bilhões de reais e as projeções são que o dinheiro em caixa termine no segundo semestre deste ano.

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Força-tarefa no BNDES

A diretora de infraestrutura e meio ambiente do BNDES, Marilene Ramos, disse nesta segunda-feira que o banco criou uma força-tarefa para avaliar pedidos de empréstimos pendentes desde o governo passado. “Há alguns problemas de apresentação de garantias pelos tomadores. Isso sendo resolvido, o projeto sairá. Obviamente tem sido difícil porque muitos desses projetos envolvem empresas que hoje estão na Lava-Jato”, disse. Marilene não estimou quando as pendências serão resolvidas. “Eles [os empréstimos] serão analisados com base nos parâmetros técnicos e, tendo a garantia necessária, vão seguir de forma ágil e desburocratizada, mas com segurança”, afirmou.

 

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