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Oi e Light cancelam ofertas

Instabilidade no mercado financeiro levou as duas empresas a suspenderem operações para captação de recursos

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 10h10.

O clima no mercado financeiro anda tão conturbado que até mesmo as grandes empresas estão tendo dificuldades para captar recursos. A Oi  cancelou nesta quarta-feira (10/9) a emissão de 1,5 bilhão de dólares em bônus que teria como objetivo levantar dinheiro para a finalização da compra da Brasil Telecom.</p>

A companhia pagaria aos investidores juros de 7,75% ao ano para os títulos com vencimento em cinco anos e 8,5% para os papéis de dez anos, valores considerados altos pelo mercado. Ainda assim, a empresa não conseguiu atrair um número suficiente de interessados para manter a operação em pé. E não foi por falta de tentativa. O Citibank, que detém participação na Brasil Telecom e precisa fazer caixa para cobrir as perdas com as hipotecas de alto risco (subprime ), era um dos bancos que coordenavam a operação.

Por e-mail, a Oi informa que "vai analisar outras alternativas de captação de recursos  para concluir a futura aquisição do controle da Brasil Telecom, que ainda depende de aprovação da alteração no Plano Geral de Outorgas (PGO) e anuência prévia da Anatel". Até o momento, de acordo com a companhia, mais de 70% dos recursos necessário para a conclusão do negócio já foram levantados.

Para bancar a compra da Brasil Telecom, que foi anunciada em maio deste ano, a Oi poderá precisar mais de 15 bilhões de reais, dependendo do preço das ações da Brasil Telecom no mercado. Recentemente, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que é acionista majoritário da Oi, emprestou 2,6 bilhões de reais à companhia, que recebeu também 400 milhões de reais dos sócios La Fonte e Andrade Gutierrez. Já o Banco do Brasil contribuiu com um empréstimo de 4,3 bilhões de reais.

Light

 A Light enviou comunicado à BM&FBovespa informando que seus acionistas BNDESPar e EDF International solicitaram à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) o cancelamento do pedido de registro de oferta pública secundária que havia sido entregue no dia 30 de maio. Os dois acionistas pretendiam vender 47,7 milhões de ações ordinárias da empresa (LIGT3), o que na data de entrega do pedido de registro da oferta equivalia a 1,2 bilhão. Hoje, porém, o valor obtido seria 11% menor - 1,07 bilhão de reais, considerando a última cotação de fechamento dos papéis.

*Com informações da Agência Estado.

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