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Oi chega a SP e Fator recomenda compra das ações

Para corretora, papéis têm potencial para subir 136% mesmo com a crise financeira

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 13 de outubro de 2010 às 21h20.

Com uma campanha agressiva de marketing, a operadora Oi (antiga Telemar) chega nesta segunda-feira (6/10) ao mercado de São Paulo e já recebe recomendação de compra para as ações <a href="http://www.investinfo.com.br/abrilexame/Highlights.aspx?acao=TNLP3" target="_blank"><strong>TNLP3</strong></a> pela corretora Fator. Os papéis, na avaliação da corretora, têm potencial para subir 136%, até 84,97 reais ainda neste ano, apesar da crise financeira que derruba o mercado acionário.  </p>

A instituição não vê o mesmo potencial nas ações de outras empresas do setor, como as da TIM, que classifica apenas como "atraente". Pelos cálculos da Fator, as ações da TIM (TCSL4) podem subir 80,5% até o final de 2009, chegando a 6,93 reais.

A TIM e a Claro, na avaliação da Fator, serão as maiores prejudicadas pela entrada da Oi em São Paulo, uma vez que atuam na mesma faixa de freqüência da estreante. "Para a Vivo, o impacto será um pouco menor em função de apenas os aparelhos mais caros da operadora trabalharem nesta faixa de rede. Nesse sentido, nem a estratégia de desbloqueio de celular realizada pela Oi teria impacto significativo na base pré-paga da Vivo", diz a Fator em relatório.

Competição acirrada

Para roubar uma boa fatia de clientes das concorrentes, a Oi vai dar três meses de ligações e envio de mensagens de texto grátis. Quem comprar o chip da operadora por 20 reais em um dos 100.000 estabelecimentos comerciais conveniados e se cadastrar no site até o dia 23 de outubro - véspera da ativação das linhas em São Paulo - receberá 20 reais por dia para testar os serviços. Durante os três primeiros meses de operação, não será necessário recarregar o celular. A partir do quarto mês, quem fizer uma recarga mínima mensal de 10 reais receberá os 20 reais por dia, mantendo o benefício pelos próximos nove meses. O valor concedido diariamente não é cumulativo. Assim, o que não for usado durante o dia perderá a validade.

Se para os consumidores o aumento da concorrência representa menos gastos, para os investidores é um ponto de atenção. Com o mercado perto de sua capacidade máxima de crescimento, a competição entre as operadoras se transformará em um jogo predatório, alertam os analistas, no qual a expansão de uma companhia significará a queda de outra. No caso da Oi, a Fator ressalta que a estratégia de lançamento deverá reduzir suas margens de lucro nos próximos trimestres, "mas é importante ressaltar que a Oi móvel possui a maior margem LAJIDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) entre todas as empresas do setor, o que lhe permite queimar um pouco de "gordura" nessa fase inicial da operação". No segundo trimestre deste ano, a Oi registrou 34,6% de margem de lucro (LAJIDA), ante 23,2% da Vivo, 22,8% da Claro e 20% da TIM.

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