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OGX se torna operacional e entra em fase decisiva para ações

Empresa de Eike Batista lançou receitas pela primeira vez no balanço trimestral


	As ações da OGX acumulam e uma queda impressionante de 65% em 2012
 (André Valentim/EXAME)

As ações da OGX acumulam e uma queda impressionante de 65% em 2012 (André Valentim/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 9 de novembro de 2012 às 14h58.

São Paulo – A OGX, empresa de petróleo do empresário Eike Batista, anotou em seu balanço a entrada de receitas pela primeira vez desde a oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) realizada na Bovespa em junho de 2008.

A notícia se sobrepôs ao prejuízo líquido de 343,6 milhões de reais, um crescimento de 317 milhões de reais em relação ao ano anterior, mas uma leve queda na comparação com os números até junho. As ações (OGXP3) reagiram com uma pequena baixa após os números apresentados na noite de quinta-feira, mas agora operam em alta.

Apesar dos números desagradáveis mais uma vez por conta de custos não recorrentes, a empresa apresentou pela primeira vez receitasem seu balanço. Os 150 milhões de reais que entraram no caixa representam o início da fase operacional da companhia.

Confiança 

Agora, novas cobranças devem surgir. É uma nova chance para a empresa que perdeu crédito junto aos investidores quando os papéis despencaram 41% em apenas uma semana em junho após o o detalhamento sobre a vazão de dois poços na Bacia de Campos.

“Assim, acreditamos que o mercado vai precificar melhor a empresa paulatinamente, na medida em que perceber que os planos mais modestos de agora estão se tornando realidade”, ressalta a equipe da Planner Corretora, em relatório.

Atento a isso, Eike anunciou no mês passado que dispõe de mais 1 bilhão de dólares para injetar na empresa, caso seja necessário. A OGX espera encerrar 2012 com uma posição de caixa de aproximadamente 1,8-1,9 bilhão de dólares. Ou seja, a estimativa é de que ainda queime mais 600 a 700 milhões no ano.

“Os próximos doze meses devem ser importantes para definir o potencial de longo prazo da OGX”, destacam os analistas Frank McGann e Conrado Vegner, do Bank of America Merrill Lynch. 


O mercado tem uma lista de atividades que a OGX precisa apresentar para resgatar a confiança perdida e também para destravar uma alta das ações, que acumulam em 2012 uma queda impressionante de 65%. É a maior baixa do Ibovespa.

1. Um desempenho bom da produção dos poços em Tubarão Azul, que já estão em operação. . “Uma maior produção em Tubarão Azul com os próximos poços são chave para aumentar os retornos e rentabilidade”, afirmam Gustavo Gattass e Luiz Felipe Carvalho, do BTG Pactual. A empresa destacou que o terceiro poço será conectado nas próximas semanas.

2. O progresso do desenvolvimento da área de Tubarão Martelo e outras. A expectativa é de que a produção comercial de gás na região tenha início do começo de 2013

3. Exploração e avaliação dos blocos operados anteriormente pela Maersk nas bacias de Campos e do Espírito Santo pela Perenco (3 poços). Sobre a Maersk, a OGX disse junto ao relatório trimestral que estima um volume entre 603-837 milhões de barris de petróleo.

4. Novo relatório de certificação independente sobre as reservas. “Continuamos a acreditar que o próximo relatório independente de avaliação irá provavelmente aumentar a base de recursos e ação tende a reagir bem”, avaliam os analistas do BTG.

Mercado não tem consenso em projeções para a OGX
Analista Recomendação Preço-alvo (R$) Potencial (%)
UBS Neutra 6,7 140
Santander Manutenção 9,5 199
BofA Merrill Lynch Abaixo da média 5 105
Itaú BBA Acima da média 13,2 277
Bradesco Acima da média 9,5 199
BTG Pactual Compra 17,63 370
Planner Compra 9,6 201
Média
10,2 213
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