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OGX cai forte após rebaixamento da S&P

Agência de classificação de risco cortou o rating da petroleira de B para B-


	Mudança foi motivada pelo nível de produção de petróleo abaixo do esperado e o aumento nos custos
 (Divulgação)

Mudança foi motivada pelo nível de produção de petróleo abaixo do esperado e o aumento nos custos (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2013 às 17h53.

São Paulo - As ações da OGX (OGXP3) despencaram nesta quinta-feira após a Standard and Poor’s rebaixar sua nota de crédito na véspera. O rating foi cortado de B para B-, com perspectiva negativa. Na mínima do dia, as ações caíam 11,71%, negociadas a 1,96 reais.

Segundo a agência, a mudança foi motivada pelo nível de produção de petróleo abaixo do esperado e o aumento nos custos, o que deve contribuir para que as suas métricas de crédito fiquem fracas nos próximos dois anos.

"Os ratings da OGX refletem a nossa visão de seu perfil de risco de negócios “vulnerável”, dadas as incertezas em relação a sua capacidade para atingir o nível de produção esperado para os próximos dois anos", ressaltam as analistas Renata Lotfi e Fabiola Ortiz, que assinam o documento.

Na opinião de Oswaldo Telles, analista do Espírito Santo Investment Bank, o rebaixamento da OGX é visto como negativo, por mostrar as dificuldades operacionais pelas quais a empresa está passando para gerar caixa.

Dívida

Segundo a S&P, a OGX irá permanecer bastante alavancada até 2015, quando a dívida recuaria rapidamente como resultado do aumento da produção. Até lá, as analistas estimam que a empresa precisaria de fontes adicionais de caixa para manter os investimentos atuais.

Uma das opções seria a opção de venda (put) de até 1 bilhão de dólares a ser exercida contra o controlador Eike Batista. Outra alternativa seria a cessão parcial (farm-out) de alguns ativos.

"Isso ocorre porque não esperamos que a produção de 2014 gere fluxos de caixa operacionais suficientes para continuar financiando investimentos e pagamentos de juros", afirmam Renata e Fabiola.

De acordo com a coluna de hoje de Dora Kramer no jornal O Estado de S. Paulo, Eike foi pedir ajuda a presidente Dilma Roussef para honrar suas dívidas. Participaram da reunião com Dilma, que negou socorro do governo, representantes do BNDES, Itaú, BTG Pactual, além de Eike. 

A presidente ainda alertou ao empresário de que suas empresas fracassarem, isso afetará ainda mais a disposição interna e externa do setor privado para investir no Brasil.

(Atualizada às 17h52)

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