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O plano europeu resolve a crise? O UBS questiona

Os acordos feitos durante a madrugada não atingem os problemas estruturais do euro

Paul Donovan, economista global do UBS (Divulgação/UBS)

Paul Donovan, economista global do UBS (Divulgação/UBS)

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Da Redação

Publicado em 27 de outubro de 2011 às 14h37.

São Paulo – O economista global do UBS, Paul Donovan, é um crítico dos líderes da zona do euro. Em um relatório diário, ele costuma atacar a demora dos países em encontrar uma solução convincente para resolver o problema do endividamento das nações da região.

E não foi diferente nesta quinta-feira, logo após o anúncio de um acordo para resolver a crise. As bolsas em todo o mundo dispararam depois da publicação das medidas. Veja abaixo a opinião na amigável de Donovan:

“A 14ª cúpula de emergência provavelmente produziu o melhor que poderia ser esperado. Há um acordo sobre a recapitalização dos bancos. Há um acordo sobre o aumento da Linha de Estabilidade Financeira Europeia. Há um perdão de 50% na dívida grega detida pelo setor privado

Isso resolve a crise? A redução da dívida da Grécia (para 120% em 2020, se você acreditar nas projeções) não é suficiente para criar uma dívida sustentável na visão da maioria dos economistas. Além disso, os acordos feitos durante a madrugada não atingem os problemas estruturais do euro.

Acuso a liderança da política do euro de criar uma união monetária disfuncional. Acuso a liderança política do euro por estabelecer uma união monetária sem um emprestador de última instância. Acuso os líderes do euro de falhar em reconhecer a necessidade de uma união fiscal.

Acuso a liderança do euro de tratar os sinais de mercados como uma especulação, ao contrário de um sinal de que algo está errado. Acuso as fortes e fracas economias da zona do euro de ter falhado em reconhecer que ambos têm argumento no debate”.

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