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NY deve abrir sem rumo à espera de indicadores

Depois das altas de ontem, os investidores aguardam dois discursos de dirigentes do Federal Reserve e dados das vendas de automóveis de junho e dos pedidos das fábricas de maio


	Bolsa de Nova York: às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro recuava 0,07% e o S&P 500 mostrava ligeiro recuo de 0,02%, mas Nasdaq subia 0,11%.
 (Brendan McDermid/Reuters)

Bolsa de Nova York: às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro recuava 0,07% e o S&P 500 mostrava ligeiro recuo de 0,02%, mas Nasdaq subia 0,11%. (Brendan McDermid/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 2 de julho de 2013 às 11h09.

Nova York - As bolsas norte-americanas devem iniciar a terça-feira sem rumo claro, sinalizam os índices futuros, que oscilam nesta manhã sem anúncios de indicadores antes da abertura do mercado acionário.

Depois das altas de ontem, os investidores aguardam dois discursos de dirigentes do Federal Reserve e dados das vendas de automóveis de junho e dos pedidos das fábricas de maio.

Às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro recuava 0,07% e o S&P 500 mostrava ligeiro recuo de 0,02%, mas Nasdaq subia 0,11%.

As apresentações dos dirigentes do Fed hoje são as últimas previstas antes de sexta-feira, quando o Departamento de Trabalho divulga o relatório mensal de emprego, com dados de junho. São os números mais aguardados pelo mercado esta semana pois são balizadores da política monetária do Fed. Os dois executivos têm poder de voto no Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês).

O primeiro a falar é o presidente do Fed de Nova York e vice-presidente geral do banco central, William Dudley, que discursa às 13h30 de Brasília.

Na semana passada, em uma apresentação, Dudley voltou a falar o que o presidente do Fed, Ben Bernanke, já havia afirmado em entrevista à imprensa após a reunião do Fomc. As compras de ativos podem ser reduzidas este ano, dependendo de indicadores da economia, e ser encerradas de vez em 2014.

No início da noite, após o fechamento do mercado, às 18h45 (de Brasília), quem fala é diretor do Fed, Jerome Powell, que até a semana passada tinha raras apresentações públicas este ano.

Ele se apresenta em um evento com autoridades do banco central da Alemanha (Bundesbank). Em um discurso no final de junho, Powell foi menos direto que Dudley, ao afirmar que as compras de bônus podem continuar "por algum tempo", mas ele ressaltou que a economia norte-americana continuará a ganhar força e o mercado de trabalho tem mostrado "progresso real".


O economista-chefe do Goldman Sachs, Jan Hatzius, não está muito animado para os números do mercado de trabalho de junho que serão divulgados na sexta.

Em relatório a clientes, Hatzius diz esperar a criação de 150 mil postos em junho, menos que os 175 mil do mês anterior. O economista cita os efeitos dos cortes automáticos de gastos públicos na atividade e o aumento das solicitações de auxílio-desemprego em junho ante maio como justificativa para suas previsões.

A agenda de indicadores de hoje é menos intensa que a de ontem e a de amanhã, que terá o relatório ADP com dados de criação de vagas de emprego no setor privado.

Às 10h45 (de Brasília) sai o índice de condições empresariais de Nova York de junho e logo depois, às 11h, as encomendas das indústrias de maio. A expectativa é que as encomendas cresçam 2%, acima do nível de abril, que mostrou expansão de 1,1%.

No noticiário corporativo, as ações das montadoras devem ser destaques ao longo do dia. Hoje saem os números de junho das vendas de automóveis, previstos para serem divulgados às 18h (de Brasília).

O banco de investimento RBC Capital Markets projeta expansão das vendas, para o nível anualizado de 15,6 milhões de veículos, acima dos 15,2 milhões de maio. O economista do banco, Dan Grubert, destaca que, se confirmado, será o nível mais alto desde final de 2007.


No pré-mercado, a ação da Ford subia 0,64% e a da General Motors ganhava 0,29%. Os analistas projetam que as vendas da primeira devem crescer em torno de 11% em junho, sendo destaques no setor. Já a projeção para a GM é mais modesta, com alta prevista em torno de 1,5%.

Os papéis da Zynga, que desenvolve jogos online, são os destaques de alta no pré-mercado, subindo 12,7%. Ontem, a empresa surpreendeu o mercado ao anunciar uma troca de comando.

O fundador e presidente executivo da companhia, Mark Pincus, está deixando o posto. Para seu lugar, a Zynga contratou Don Mattrick, que comandava a empresa de jogos Xbox, da Microsoft. A expectativa é que a empresa se recupere agora, depois dos fracos números apresentados este ano. Desde que a Zynga abriu o capital, no final de 2011, as ações já acumulam queda de 70%.

As ações do setor bancário também devem ser destaque nesta terça-feira. O Fed faz uma reunião aberta com o mercado para discutir regras bancárias e propostas de mudanças na legislação.

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