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Novos ventos na Braskem

Quando a petroquímica Braskem anunciar os resultados hoje antes de o mercado abrir, deve trazer certo alívio a seus investidores. Os números serão duros. É esperado que a companhia apresente faturamento de 11,6 bilhões de reais, 5% a menos do que no mesmo trimestre de 2015. Já os lucros devem cair drasticamente: é esperado um […]

BRASKEM: a Petrobras, que detém participação na petroquímica, anunciou que irá vender sua parcela nos ativos da Braskem até o final do ano / Germano Lüders/ EXAME (Germano Lüders/Exame)

BRASKEM: a Petrobras, que detém participação na petroquímica, anunciou que irá vender sua parcela nos ativos da Braskem até o final do ano / Germano Lüders/ EXAME (Germano Lüders/Exame)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de fevereiro de 2017 às 06h45.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h39.

Quando a petroquímica Braskem anunciar os resultados hoje antes de o mercado abrir, deve trazer certo alívio a seus investidores. Os números serão duros. É esperado que a companhia apresente faturamento de 11,6 bilhões de reais, 5% a menos do que no mesmo trimestre de 2015. Já os lucros devem cair drasticamente: é esperado um prejuízo de 1,1 bilhão de reais, 263% maior que 12 meses atrás. De onde virá o alívio? .

Segundo Caio Carvalhal, analista do banco Brasil Plural, o balanço deve ser recebido com uma perspectiva neutra a positiva, principalmente com as vendas locais aumentando 3% no comparativo anual. Para ele, apesar do prejuízo alto, é preciso lembrar que a Braskem fechou acordo de leniência com a justiça americana, inclusive com o pagamento de multas no valor de 957 milhões de dólares, cuja primeira parte afetou diretamente os lucros no trimestre. O impacto das multas já foi medido na análise do banco e sinaliza um bom sinal para o futuro próximo da companhia.

Outro fator que vem preocupando os acionistas é a venda de ativos da Braskem, que atualmente estão em posse da Petrobras. A petroleira, afirmou no ano passado a intenção de realizar uma série de desinvestimentos, inclusive do setor petroquímico, o que animou investidores. Mas segundo analistas não se deve esperar pela venda antes do final do ano, ou mesmo de 2018.

Em 2017, as ações estão praticamente estáveis: caíram 0,06%. Mas estão em um patamar muito maior do que estavam em agosto do ano passado: valem 34,23 reais, ante 18,33 reais à época. A torcida é para novas ondas de Lava-Jato e de de investigações não desviarem, mais uma vez, a petroquímica do grupo Odebrecht do rumo. 

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