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Natura lidera quedas na bolsa após resultado decepcionar

Lucro da empresa foi menor que o esperado no período


	Produtos da Natura: o resultado do terceiro trimestre foi visto como “marginalmente negativo” pela Ativa Corretora
 (Bárbara Ladeia/EXAME.com)

Produtos da Natura: o resultado do terceiro trimestre foi visto como “marginalmente negativo” pela Ativa Corretora (Bárbara Ladeia/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 24 de outubro de 2013 às 09h58.

São Paulo – A Natura (NATU3) lidera as quedas do Ibovespa nesta manhã após a divulgação de seu resultado do terceiro trimestre. Apesar do ritmo de vendas ter acelerado no Brasil, o lucro da empresa foi menor que o esperado. Às 10:15 horas, a queda era de 3,07%, com a ação valendo 45,75 reais. A mínima foi de 45,70 reais.

O lucro líquido da empresa no terceiro trimestre recuou 22,6% na comparação com o mesmo período de 2012, para 183,7 milhões de reais. O resultado foi afetado pela marcação a mercado de derivativos atrelados à dívida em moeda estrangeira, segundo a empresa. Excluído o impacto, que não tem efeito caixa, o lucro líquido teria subido 4,5%, segundo a Natura.

O resultado foi visto como “marginalmente negativo” pela Ativa Corretora, segundo comentário de Ricardo Correa. “Embora a receita da empresa tenha crescido em linha com o esperado, o lucro da empresa foi prejudicado por maiores gastos com despesas de SG&A (Vendas, Administrativos e Gerais) e ajustes contábeis através da marcação a mercado de derivativos atrelados a moedas estrangeiras”, afirmou. A média de crescimento de consultoras também foi fraca, segundo Correa.

A XP investimentos, em relatório matinal, afirmou que a empresa permanece negociando a múltiplos “extremamente elevados”, o que mantém seu ceticismo em relação a companhia e uma visão negativa. “No mercado doméstico a companhia não conseguiu nem repassar a inflação do período, apresentando um incremento de receita de apenas 5,4% ”, afirma o relatório, lembrando que o ambiente competitivo no Brasil também gerou maiores despesas, o que acabou acarretando menores margens operacionais para a companhia. No ano, a ação tem queda de 18,05%.

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