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Não opere no mercado financeiro bêbado

Funcionário inglês fez isso e foi multado em 72 mil libras por dar ordem de compras de contratos de petróleo sem autorização

O corretor britânico Noel Steven Perkins foi condenado por abuso de mercado por negociar contratos de petróleo alcoolizado (.)
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Da Redação

Publicado em 29 de junho de 2010 às 15h27.

São Paulo - Combinar bebida e investimentos pode funcionar quando se acompanha as ações campeãs de empresas como Concha y Toro, de vinhos, e Diageo, de destilados, ou até mesmo o índice dos vícios, o Vix, que lista ações de empresas de bebidas, cigarros e armas. Mas nunca, nunca dá certo do lado de cá da mesa de operação - assim aprendeu o ex-corretor de contratos futuros de petróleo Noel Steven Perkins, multado hoje em 72 mil libras e banido do mercado financeiro pela entidade de supervisão britânica Financial Services Authority (FSA). O motivo, como dá para concluir, é que o senhor Perkins operou enquanto estava extremamente alcoolizado.

A infração foi em junho de 2009, quando Perkins, então corretor da PVM Oil Futures, negociou sem autorização de clientes um volume extremamente alto de contratos de óleo bruto. As ordens de execução registradas na bolsa ICE Futures Europe (ICE) criaram uma falsa demanda numa operação que envolveu mais de 7 mil lotes, equivalentes a mais de 7 milhões de barris de petróleo, levando às alturas os preços de óleo bruto nas primeiras horas da manhã de 30 de junho de 2009.

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A punição da FSA foi decidida na manhã desta terça-feira (29), em sentença que define Perkins como pessoa inapta e inadequada a voltar a trabalhar no mercado financeiro. "A embriaguez de Perkins não é desculpa para o abuso de mercado. Ele foi banido porque não é adequado para estar envolvido em atividades regulamentadas e seu comportamento representava um risco para o bom funcionamento do mercado", disse em comunicado Justham Alexander, diretor de mercados no FSA.

Na sanção à Perkins, a FSA também leva em conta fato de que o operador mentiu várias vezes para a corretora, a fim de tentar encobrir o que realmente aconteceu nos negócios daquela manhã. O funcionário teria bebido durante todo o final de semana e também na segunda-feira de trabalho.

Imediatamente após este incidente, Perkins se juntou a um programa de reabilitação para alcoólatras e afirma ter parado de beber. Segundo a sentença, ele tem cinco anos para se reabilitar. Antes disso, continua banido.

Leia a decisão completa da FSA para o caso.

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