Prédio da Bovespa: às 11h31, o Ibovespa tinha variação negativa de 0,83 por cento, a 49.981 pontos, depois de subir 7,05 por cento no mês passado, melhor desempenho desde janeiro de 2012 (Nacho Doce/Reuters)
Da Redação
Publicado em 1 de abril de 2014 às 12h01.
São Paulo - A bolsa brasileira recuava na manhã desta terça-feira, primeiro pregão de abril, conforme investidores realizavam lucros acumulados em março, quando o Ibovespa teve seu melhor desempenho mensal em mais de dois anos.
Às 11h31, o Ibovespa tinha variação negativa de 0,83 por cento, a 49.981 pontos, depois de subir 7,05 por cento no mês passado, melhor desempenho desde janeiro de 2012. O giro financeiro do pregão era de 1,5 bilhão de reais.
A bolsa de Xangai fechou em alta de 0,7 por cento e os principais índices norte-americanos e europeus subiam, mas o mercado acionário doméstico não tinha força para seguir a toada das bolsas externas.
"O mercado lá fora continua com um cenário positivo depois do pronunciamento da Janet Yellen, mas aqui está muito esticado.
Foram dez pregões de alta em onze, e quando chega nessa faixa dos 50 mil pontos tende a dar uma parada", disse o operador de renda variável Luiz Roberto Monteiro, da Renascença DTVM. Ele se referia a declarações da chair do Federal Reserve na véspera, quando defendeu fortemente as políticas expansionistas do banco central dos Estados Unidos.
Na avaliação de Monteiro, investidores tendem agora a realizar lucros de alguns papéis da bolsa brasileira, como nas ações da Petrobras, enquanto aguardam a divulgação de novas pesquisas eleitorais que possam movimentar a bolsa. As ações preferenciais da petroleira caíam mais de 1 por cento nesta terça, após avanço acumulado de 16,11 por cento em março.
Investidores avaliavam ainda neste pregão o resultado do Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) oficial da China, que avançou para 50,3 em março ante 50,2 em fevereiro.
Apesar da ligeira expansão, alguns economistas disseram que mesmo isso sugere fraqueza, já que a atividade normalmente acelera mais após o feriado de Ano Novo Lunar em fevereiro.
Na cena corporativa, a Oi aparecia entre as maiores quedas do Ibovespa. O Bradesco e o Itaú Unibanco estão considerando abandonar o acordo para subscrever ações no aumento de capital de 6 bilhões de reais da Oi, afirmaram à Reuters duas fontes com conhecimento direto da situação nesta terça.
A concessionária de infraestrutura CCR e a operadora da bolsa paulista BM&FBovespa também puxavam o índice para baixo.