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Mundial diz que não irá mudar planos por investigação da PF

Empresa disse que considera positiva a iniciativa e que irá contribuir com as análises

Alicates Mundial (Eduardo Delfim)

Alicates Mundial (Eduardo Delfim)

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Da Redação

Publicado em 15 de setembro de 2011 às 14h37.

São Paulo – A Mundial (MNDL3;MNDL4) disse nesta quinta-feira que não irá paralisar os planos de capitalização ou as operações por conta de uma investigação deflagrada em conjunto pela Polícia Federal e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para apurar uma possível manipulação nas ações, disse a empresa em um comunicado.

Após atingirem o pico de 5,11 reais em julho deste ano, os papéis preferenciais são negociados hoje em torno dos 53 centavos, uma desvalorização de quase 90%.

“Como uma das partes prejudicadas neste processo, a Mundial considera positiva a iniciativa tomada pelas autoridades, permanece à disposição no que puder contribuir para as investigações e aguarda o desenrolar das mesmas”, mostra um trecho da nota assinada por Michael Lenn Ceitlin, diretor-presidente da empresa.

A matéria “Os federais vêm aí” da edição 1000 de EXAME que está nas bancas já antecipava que a PF tinha começado a investigar crimes ligados ao mercado de capitais e o primeiro caso é justamente a suposta manipulação das ações da Mundial.

“As investigações em curso visam a apurar possível manipulação do mercado de capitais, que uma vez confirmada, gera prejuízos não apenas para a companhia aberta envolvida, mas também para a coletividade de investidores e para a sociedade em geral”, mostra um comunicado publicado no site da autarquia.

Operações

A companhia disse ainda que os planos para sua capitalização e fortalecimento seguem em curso e que no momento aguarda autorização da CVM para prosseguir no processo de conversão de ações preferenciais, que visa a entrada no Novo Mercado da BM&FBovespa.

Além disso, a Mundial afirmou que continua com o processo de aumento de capital de até 50 milhões de dólares ao longo dos próximos dois anos mediante o ingresso do fundo YA Global Investments e também com a emissão de 100 milhões de dólares em Eurobonus. A alienação de imóveis não operacionais para a redução do passivo e a expansão internacional também seguem o curso normal.

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