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Morte de Osama bin Laden reduz o risco nos mercados

Para analistas, a queda do líder da Al-Qaeda remove uma importante ameaça

Osama bin Laden foi localizado na localidade de Abottabad, no norte do Paquistão (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de maio de 2011 às 08h45.

São Paulo – A morte do terrorista Osama bin Laden, líder da organização Al-Qaeda, reduz a percepção de risco nos mercados financeiros, avaliam analistas.

O índice Nikkei 225, da bolsa de Tóquio, ampliou os ganhos depois de o presidente americano Barack Obama ter confirmado a notícia e, há instantes, operava com alta de 1,5%.

Os contratos futuros dos principais índices acionários americanos também passaram a subir com mais intensidade. O contrato com vencimento em junho do S&P 500 subia 0,8%, para 1.370 pontos.

“Isso reduz o risco no mercado”, afirmou David Goerz, da Highmark Capital Management, em entrevista à Bloomberg. “Bin Laden se manteve como uma ameaça apesar de ter se mantido quieto e, por isso, deve ser vista como uma notícia positiva”, diz.

Segundo análise da consultoria independente, Stratfor, ainda é difícil entender o que a notícia representa no momento, mas ela permite que Obama declare a vitória, ao menos em parte, sobre a Al-Qaeda.

“Isso também abre a porta para o início da retirada do Afeganistão, apesar do efeito prático da morte de Bin Laden”, mostra a análise. “Igualmente possível é o fato de que isso pode incentivar ações da Al-Qaeda em nome de Bin Laden”, pondera o texto.

Obama também foi cauteloso em discurso realizado nesta segunda-feira (2).

http://www.whitehouse.gov/sites/all/modules/swftools/shared/flash_media_player/player5x2.swf

"A morte não marca o fim dos nossos esforços. Não há dúvidas de que a al Qaeda irá continuar a planejar ataques contra nós. Precisamos - e iremos - continuar vigilantes em casa e no exterior", disse o presidente.

“O benefício, de um ponto de vista global, é de que uma ameaça foi removida e agora podemos ver uma continuação do crescimento global sem a ameaça terrorista”, ressaltou Walter Hellwig, da BB&T Wealth Management, em entrevista à Bloomberg.

Efeitos do ataque

Os ataques que derrubaram as torres do World Trade Center e que danificaram instalações do Pentágono em 11 de setembro de 2001 derrubaram os mercados em todo o mundo.

O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, encerrou a sessão daquele dia com antecedência. A queda chegou a 9%. Nos EUA, as bolsas não abriram. As negociações só foram retomadas seis dias depois. O índice Dow Jones caiu 7%.

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O índice Nikkei 225, da bolsa de Tóquio, ampliou os ganhos depois de o presidente americano Barack Obama ter confirmado a notícia e, há instantes, operava com alta de 1,5%.

Os contratos futuros dos principais índices acionários americanos também passaram a subir com mais intensidade. O contrato com vencimento em junho do S&P 500 subia 0,8%, para 1.370 pontos.

“Isso reduz o risco no mercado”, afirmou David Goerz, da Highmark Capital Management, em entrevista à Bloomberg. “Bin Laden se manteve como uma ameaça apesar de ter se mantido quieto e, por isso, deve ser vista como uma notícia positiva”, diz.

Segundo análise da consultoria independente, Stratfor, ainda é difícil entender o que a notícia representa no momento, mas ela permite que Obama declare a vitória, ao menos em parte, sobre a Al-Qaeda.

“Isso também abre a porta para o início da retirada do Afeganistão, apesar do efeito prático da morte de Bin Laden”, mostra a análise. “Igualmente possível é o fato de que isso pode incentivar ações da Al-Qaeda em nome de Bin Laden”, pondera o texto.

Obama também foi cauteloso em discurso realizado nesta segunda-feira (2).

http://www.whitehouse.gov/sites/all/modules/swftools/shared/flash_media_player/player5x2.swf

"A morte não marca o fim dos nossos esforços. Não há dúvidas de que a al Qaeda irá continuar a planejar ataques contra nós. Precisamos - e iremos - continuar vigilantes em casa e no exterior", disse o presidente.

“O benefício, de um ponto de vista global, é de que uma ameaça foi removida e agora podemos ver uma continuação do crescimento global sem a ameaça terrorista”, ressaltou Walter Hellwig, da BB&T Wealth Management, em entrevista à Bloomberg.

Efeitos do ataque

Os ataques que derrubaram as torres do World Trade Center e que danificaram instalações do Pentágono em 11 de setembro de 2001 derrubaram os mercados em todo o mundo.

O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, encerrou a sessão daquele dia com antecedência. A queda chegou a 9%. Nos EUA, as bolsas não abriram. As negociações só foram retomadas seis dias depois. O índice Dow Jones caiu 7%.

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