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Moody’s rebaixa perspectiva de 30 bancos argentinos

Segundo a agência, a credibilidade das instituições financeiras está diretamente relacionada à falta de previsibilidade das ações governamentais


	A Moody's rebaixou para negativa a perspectiva de 30 instituições financeiras argentinas
 (Mehdi Taamallah/AFP)

A Moody's rebaixou para negativa a perspectiva de 30 instituições financeiras argentinas (Mehdi Taamallah/AFP)

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Da Redação

Publicado em 27 de setembro de 2012 às 12h53.

São Paulo - A agência de classificação de risco Moody’s mudou para negativa as perspectivas de força financeira individual (BFSR, na sigla em inglês) de 30 instituições financeiras argentinas assim como as perspectivas sobre os ratings de depósito em moeda local de 24 instituições financeiras do país. As perspectivas sobre os ratings de dívida em moeda local e estrangeira e os ratings de emissor de alguns bancos argentinos também foram alterados de estável para negativo.

Na semana passada, a Moody’s já havia rebaixado de estável para negativa, em B3, os ratings da emissão de títulos do governo argentino em moeda local e estrangeira.

Segundo comunicado divulgado pela agência, a mudança de perspectiva reflete a avaliação da Moody’s de que a credibilidade destas entidades está altamente ligada a do governo, levando em consideração o grau em que seus negócios dependem do ambiente macroeconômico interno e financeiro, suas exposições diretas e indiretas ao soberano, e sua falta de diversificação além das fronteiras.

A perspectiva negativa também incorpora os riscos relacionados à crescente intervenção do governo através de mecanismos desfavoráveis para a geração de resultados, para a dinâmica de funcionamento e para a flexibilidade das instituições financeiras.

O comunicado destaca ainda que essas políticas, em conjunto com a mudança no estatuto do banco central, também levantam questões sobre a previsibilidade das políticas governamentais. “Esta incerteza enfraqueceu a confiança no sistema financeiro, como demonstrado pelas severas saídas de depósito em moeda estrangeira no ano passado”, diz o texto.

FMI
Nesta segunda-feira, a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, disse que a Argentina tem três meses para pôr em ordem suas estatísticas e evitar o "cartão vermelho" de uma censura por parte do organismo. A advertência de Lagarde, que é mais uma em meio a várias outras feitas no último ano, é para que a Argentina entregue dados confiáveis sobre a inflação e o Produto Interno Bruto (PIB).

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