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Moody´s rebaixa ratings da Gafisa para B1

Segundo agência, rebaixamento reflete a alta alavancagem da empresa e o fraco índice de cobertura de juros


	Gafisa: os R$ 600 milhões em debêntures seniores da empresa garantidas com vencimento em 2017 foram rebaixados para "Ba3/A3.br"
 (CLAUDIO ROSSI)

Gafisa: os R$ 600 milhões em debêntures seniores da empresa garantidas com vencimento em 2017 foram rebaixados para "Ba3/A3.br" (CLAUDIO ROSSI)

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Da Redação

Publicado em 31 de outubro de 2013 às 06h23.

São Paulo - A Moody's rebaixou os ratings corporativos da Gafisa de Ba3 para B1 na escala global e de A3.br para Baa3.br na escala nacional. Ao mesmo tempo, os R$ 600 milhões em debêntures seniores da empresa garantidas com vencimento em 2017 foram rebaixados para "Ba3/A3.br" de "Ba2/A1.br", enquanto seus R$ 300 milhões em debêntures seniores sem garantia foram rebaixados para "B2/Ba2.br", de "B1/Baa2.br". A perspectiva permanece negativa para todos os ratings.

O rebaixamento dos ratings da Gafisa reflete a alta alavancagem da empresa e o fraco índice de cobertura de juros quando comparado a classificação de seus pares locais e globais. Segundo a agência de classificação de risco, o rebaixamento não resulta da venda planejada de uma participação majoritária na Alphaville Urbanismo.

"A esperada melhoria no perfil de liquidez da empresa com a conclusão da venda é positiva, mas pode ser insuficiente para promover uma melhoria material nos indicadores de crédito relevantes da Gafisa no curto prazo", avaliou a Moody´s. "Embora as receitas provenientes da venda devam refletir na redução da alavancagem líquida, a estrutura de capital da empresa e o perfil da dívida consolidada em potencial vão ser claramente definidos somente após a conclusão da transação", acrescentou.

A perspectiva negativa reflete os desafios vigentes para que a empresa continue a melhorar a sua eficiência operacional, execute o seu plano de negócios e gere fluxo positivo de caixa livre para reduzir a alavancagem em meio as incertezas macroeconômicas, bem como a crescente concorrência esperada nos mercados-alvo da Gafisa e as incertezas sobre a estratégia financeira da companhia.

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