Mercados

Moody's rebaixa classificação da França por crescimento

A agência de classificação de risco rebaixou em um escalão a nota da dívida soberana da França

A agência de classificação de risco Moody's (Emmanuel Dunand/AFP)

A agência de classificação de risco Moody's (Emmanuel Dunand/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de setembro de 2015 às 21h53.

Washington - A agência de classificação de risco Moody's rebaixou nesta sexta-feira em um escalão, a "Aa2", a nota da dívida soberana da França, referindo-se a seu "lento crescimento" e a "pressões institucionais" sobre suas finanças.

A agência destacou "a fraqueza contínua" das perspectivas de crescimento francesas, que "deve permanecer até o fim da década".

A agência também citou o "desafio que representa o fraco crescimento, acompanhado de pressões institucionais e políticas, para uma redução significativa do importante fardo da dívida".

A atividade econômica francesa se estagnou no segundo trimestre após um crescimento de 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB) durante os três primeiros meses do ano.

Apesar deste revés, o governo continua apostando em um crescimento de 1% no conjunto do ano e de 1,5% em 2016.

Paralelamente, a dívida pública subiu no final do primeiro trimestre, a 2,08 trilhões de euros (2,35 trilhões de dólares), 97,5% do PIB nacional.

A agência já havia privado a França de sua nota "triplo A", no final de 2012.

A Moody's disse, entretanto, que o nível de solvência da França continua sendo "extremamente alto" e aumenta a perspectiva da nota de "negativa" para "estável", excluindo assim um novo rebaixamento no médio prazo.

No lado positivo da balança para a França, a Moody's coloca uma "economia diversificada", uma tendência demográfica "favorável" e baixos custos de financiamento.

A França continua gozando da confiança dos investidores, e tem acesso ao crédito a taxas historicamente baixas, aponta a agência.

Acompanhe tudo sobre:Crescimento econômicoDesenvolvimento econômicoEuropaFrançaMoody'sPaíses ricos

Mais de Mercados

Dólar sobe para R$ 6,19 com indefinição sobre emendas parlamentares

Megafusão de Honda e Nissan: um 'casamento' de conveniência sob intensa pressão

Ibovespa fecha penúltimo pregão em baixa e cai 1,5% na semana; dólar sobe 2%

Embraer assina contrato para vender 2 unidades do C-390 Millennium para cliente não revelado