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Minoritários pressionam UOL por oferta melhor

Grupo de acionistas está descontente com a oferta de 17 reais por ação feita pelo controlador do UOL para o fechamento do capital da empresa

Redação do UOL: queda de braço entre controlador e minoritários para fechamento de capital (INFO)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de julho de 2011 às 19h42.

São Paulo – Um grupo de acionistas minoritários decidiu pressionar o controlador do UOL, a Folhapar, para que melhore a proposta apresentada para o fechamento de capital da empresa de internet. Na terça-feira, o UOL divulgou que a Folha quer comprar todas as ações em circulação no mercado por 17 reais cada, em uma operação que levaria ao cancelamento do registro de companhia aberta do UOL. Para que a operação não naufrague, entretanto, ao menos dois terços dos detentores de 40,9% das ações do UOL deverão aderir à oferta.

Segundo o sócio de um fundo que investe nas ações do UOL, os acionistas minoritários começaram a se organizar para pressionar o controlador a oferecer um preço mais atrativo pelos papéis. Fundos como Leblon Equities, Credit Suisse, Cyrte Investments, Banco Fator e DLM Invista já foram procurados. “A proposta apresentada é muito baixa”, diz o gestor de um desses fundos. O valor de 17 reais é inferior ao preço de venda dos papéis na oferta inicial de ações do UOL (18 reais), realizada em 2005. O grupo planeja conseguir que a Folha eleve a oferta para algo entre 22 e 25 reais – valor considerado justo pela maioria dos analistas que cobrem a ação.

O mercado já percebeu que o valor oferecido pode não ser suficiente para atrair os minoritários e especula sobre um eventual aumento. Tanto que as ações preferenciais do UOL negociadas na BM&FBovespa (UOLL4) fecharam cotadas a 17,50 nesta quinta-feira. Procurada, a assessoria de imprensa do UOL não se manifestou.

A grande incógnita no mercado sobre o fracasso ou sucesso da oferta é em relação a João Alves de Queiroz Filho, conhecido como Júnior e controlador da Hypermarcas (HYPE3). Ele comprou no final do ano passado a participação de 29% das ações ordinárias do UOL que pertenciam à Portugal Telecom e também possui 21% das preferenciais. Se quiser, Júnior inviabiliza a operação porque a Folha não conseguiria a aprovação de dois terços dos acionistas sem sua adesão.

No entanto, se ele aderir à oferta, os minoritários pedirão que seus votos só sejam contabilizados a partir de sua participação em ações preferenciais – já que as ordinárias não estão em circulação no mercado. Isso ainda daria aos fundos alguma chance de rejeitar a proposta da Folha.

Se o UOL não conseguir a adesão de dois terços dos minoritários, os acionistas poderão contratar um laudo de avaliação independente que revelará o valor justo dos papéis. O UOL é bastante conhecido como uma empresa de mídia de prestígio. Nenhum outro site brasileiro consegue gerar tantas receitas com publicidade on-line.

Menos conhecida dos brasileiros é a parte de hosting e de serviços de infraestrutura do UOL. Esse segmento cresceu muito com a aquisição da Diveo por 700 milhões de reais no final do ano passado. A fusão consolidou o UOL na liderança das empresas que atuam com serviços de telecomunicações, internet e dados para grandes empresas.

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São Paulo – Um grupo de acionistas minoritários decidiu pressionar o controlador do UOL, a Folhapar, para que melhore a proposta apresentada para o fechamento de capital da empresa de internet. Na terça-feira, o UOL divulgou que a Folha quer comprar todas as ações em circulação no mercado por 17 reais cada, em uma operação que levaria ao cancelamento do registro de companhia aberta do UOL. Para que a operação não naufrague, entretanto, ao menos dois terços dos detentores de 40,9% das ações do UOL deverão aderir à oferta.

Segundo o sócio de um fundo que investe nas ações do UOL, os acionistas minoritários começaram a se organizar para pressionar o controlador a oferecer um preço mais atrativo pelos papéis. Fundos como Leblon Equities, Credit Suisse, Cyrte Investments, Banco Fator e DLM Invista já foram procurados. “A proposta apresentada é muito baixa”, diz o gestor de um desses fundos. O valor de 17 reais é inferior ao preço de venda dos papéis na oferta inicial de ações do UOL (18 reais), realizada em 2005. O grupo planeja conseguir que a Folha eleve a oferta para algo entre 22 e 25 reais – valor considerado justo pela maioria dos analistas que cobrem a ação.

O mercado já percebeu que o valor oferecido pode não ser suficiente para atrair os minoritários e especula sobre um eventual aumento. Tanto que as ações preferenciais do UOL negociadas na BM&FBovespa (UOLL4) fecharam cotadas a 17,50 nesta quinta-feira. Procurada, a assessoria de imprensa do UOL não se manifestou.

A grande incógnita no mercado sobre o fracasso ou sucesso da oferta é em relação a João Alves de Queiroz Filho, conhecido como Júnior e controlador da Hypermarcas (HYPE3). Ele comprou no final do ano passado a participação de 29% das ações ordinárias do UOL que pertenciam à Portugal Telecom e também possui 21% das preferenciais. Se quiser, Júnior inviabiliza a operação porque a Folha não conseguiria a aprovação de dois terços dos acionistas sem sua adesão.

No entanto, se ele aderir à oferta, os minoritários pedirão que seus votos só sejam contabilizados a partir de sua participação em ações preferenciais – já que as ordinárias não estão em circulação no mercado. Isso ainda daria aos fundos alguma chance de rejeitar a proposta da Folha.

Se o UOL não conseguir a adesão de dois terços dos minoritários, os acionistas poderão contratar um laudo de avaliação independente que revelará o valor justo dos papéis. O UOL é bastante conhecido como uma empresa de mídia de prestígio. Nenhum outro site brasileiro consegue gerar tantas receitas com publicidade on-line.

Menos conhecida dos brasileiros é a parte de hosting e de serviços de infraestrutura do UOL. Esse segmento cresceu muito com a aquisição da Diveo por 700 milhões de reais no final do ano passado. A fusão consolidou o UOL na liderança das empresas que atuam com serviços de telecomunicações, internet e dados para grandes empresas.

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