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Minerva chega a subir mais de 15% após melhor 1º tri da história

Escassez de proteína animal no mundo beneficiou maior exportadora de carne bovina da América do Sul

Minerva: empresa faturou 4,4 bilhões de reais no primeiro trimestre (Minerva Foods/Divulgação)
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Guilherme Guilherme

Publicado em 29 de abril de 2020 às 15h53.

Última atualização em 29 de abril de 2020 às 15h55.

As ações da Minerva Foods , maior exportadora de carne bovina da América do Sul, tiveram forte valorização, nesta quarta-feira, 29, após o resultado do primeiro trimestre ter agradado os investidores. No balanço, divulgado na véspera, a empresa reportou lucro líquido de 271 milhões de reais. No mesmo período do ano passado, a companhia teve prejuízo de 31,4 milhões de reais.

A receita bruta da companhia foi de 4,4 bilhões de reais, cerca de 400 milhões de reais acima das projeções de mercado. O faturamento foi recorde para um primeiro trimestre, que costuma ser o mais fraco do ano. Na comparação anual, a alta foi de 11,8%.

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Com o resultado positivo, as ações ordinárias da Minerva (BEEF3) chegaram a subir 9,92% na máxima do dia, enquanto as suas units (BEEF11), com menor liquidez, atingiram 16,38% de alta.

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Alguns fatores contribuíram para o melhor resultado da empresa. Um dos principais é a baixa oferta de proteína animal, que tem feito países abrirem seus mercados para frigoríficos brasileiros e aumentado o preço da carne. Comparado com o primeiro trimestre de 2019, o preço médio da arroba de boi subiu 30%.

Parte desse efeito é devido à peste suína, que devastou rebanhos da China (maior produtora de porcos do mundo) e mudou toda a dinâmica do mercado de proteína animal. Com isso, as exportações de carne bovina da Minerva cresceram 29% em relação ao mesmo período do ano passado e chegou a 1,6 bilhão de dólares. A participação da Ásia nas exportações da companhia passou de 26% para 42%.

Para Luis Sales, analista da Guide Investimentos, que classificou o resultado da empresa como “robusto”, o cenário global deve continuar positivo para os frigoríficos em 2020. “A empresa conseguiu se reestruturar financeiramente e possui capacidade de suprir parte da falta de oferta de proteína global através de sua plataforma da América do Sul”, escreveu em relatório.

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