EMBRAER: Brasil e Estados Unidos estão se queixando dos subsídios concedidos pelo governo canadense à Bombardier, rival da Embraer / Germano Lüders (Germano Lüders/Exame)
Da Redação
Publicado em 15 de setembro de 2016 às 18h36.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h40.
Bolsas do mundo em alta
O Ibovespa fechou em alta de 1,49% nesta quinta-feira, chegando a 57.909 pontos e a volume financeiro negociado de 5,4 bilhões de reais. O movimento positivo seguiu a linha das bolsas americanas e europeias, que viram o mercado avaliar positivamente uma melhora na economia do Reino Unido após a manutenção da taxa de juro em 0,25%. A possibilidade de os Estados Unidos aumentarem a taxa de juro na próxima semana também minguou, contribuindo para a boa performance das transações. No final do pregão, o anúncio de que o presidente Michel Temer pode contar com o apoio dos partidos do “centrão” também deu uma dose extra de ânimo aos investidores.
Petrobras em destaque
As ações da Petrobras subiram 3% nesta quinta-feira, seguindo a alta do petróleo no mundo, que fechou com alta de 0,47% o barril. A estatal prestou esclarecimentos sobre a venda da Petrobras Argentina, informando que a negociação foi conduzida por um processo competitivo com avaliação de duas instituições financeiras. Ambas consideraram a oferta justa e uma terceira avaliou o valor como adequado. A venda de 892 milhões de dólares foi concretizada em maio em negociação com a Pampa Argentina.
Embraer: 1.470 na fila de demissão
Nesta quinta-feira, a Embraer divulgou que 1.470 trabalhadores aderiram ao Plano de Demissão Voluntária (PDV), sendo quase 700 metalúrgicos de São José dos Campos. O sindicato da categoria critica o plano e afirma que as demissões são desnecessárias, além de ser fruto de uma política da desnacionalização da Embraer e também do envolvimento da empresa num caso de corrupção investigado pelo Ministério Público Federal do Rio de Janeiro. Um projeto de luta contra as demissões foi aprovado em agosto.
Bancos públicos financiam
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e a Caixa Econômica Federal poderão comprar debêntures de infraestrutura, segundo informou a presidente do BNDES, Maria Silvia, em entrevista à rádio CBN. Os títulos de dívidas serão emitidos para bancar projetos de concessões e privatizações no setor. De acordo com ela, os investidores estrangeiros podem ficar retraídos a participar dos futuros projetos, já que, no passado, houve uma série de concessões problemáticas, como as dos aeroportos do Galeão, no Rio de Janeiro (RJ), e Viracopos, em Campinas (SP).
Caixa e Santander: líderes em queixas
A Caixa é o banco com o maior índice de reclamações de clientes em julho e agosto, com registro de 1.364 reclamações consideradas procedentes no Banco Central. Entre os pontos mais criticados estão falta de cuidado com o sigilo das informações e débitos em conta não autorizados. O índice de queixas considera o número de reclamações em relação ao número de clientes. O Santander ficou em segundo lugar, com 15,86, seguido por Bradesco (15,75), Itaú Unibanco (15,18) e Banco do Brasil (9,52).
Pessimismo para 2017
O mercado vê um rombo primário de 140 bilhões de reais para 2017 no governo central, que inclui Tesouro, Banco Central e Previdência Social. A expectativa estoura a meta estabelecida para as contas públicas no ano que vem, que fixa um déficit máximo de 139 bilhões de reais. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Fazenda. Para este ano, o déficit primário deve ficar em 160 bilhões de reais, também pior do que os 158 bilhões calculados anteriormente. Em relação à dívida, as previsões seguem as mesmas: ela deve representar 73% do PIB neste ano e 78% no ano que vem.