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Preocupam as metas de expansão da Anhanguera Educacional, alerta HSBC

Analista eleva preço-alvo das ações ordinárias, mas reitera recomendação neutra; papéis amargam queda de 9% em 2011

Em 2011, as ações ordinárias da Anhanguera Educacional amargam uma desvalorização de aproximadamente 9% (Germano Luders)
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Da Redação

Publicado em 14 de fevereiro de 2011 às 14h02.

São Paulo – O HSBC elevou o preço-alvo (dez/11) das ações ordinárias da Anhanguera Educacional (AEDU3) de 37 para 40 reais e reiterou a recomendação neutra. O analista Luciano Campos chama a atenção para o crescimento acelerado através de fusões e aquisições da companhia.

A Anhanguera apurou recursos líquidos de aproximadamente 810 milhões de reais em sua recente oferta de ações e planeja aumentar sua base de campus, passando de 54 em 2010 para 100 em 2012. A meta é de 5 mil alunos matriculados por campus em 2015, conforme lembra o relatório.

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Preocupações em dobro

A meta de alunos estipulada pela Anhanguera Educacional preocupa Luciano Campos. “Primeiramente, o desempenho em termos de admissões por campus e o número de campi teriam que aumentar simultaneamente, o que implica riscos não triviais em termos de execução”, avalia.

A segunda questão citada no relatório é referente aos fluxos de saída de alunos, que em 2010 foram o dobro do que estimado e similares ao que a empresa usou para estabelecer a meta de 5 mil alunos matriculados.

“Esse excesso de saídas provavelmente foi associado às graduações em campi adquiridos em 2007 até 2009. Porém, independentemente das razões, é provável que as saídas continuem a crescer no futuro, restringindo o número de matriculados por campus que pode ser atingido em 2015”, conclui o analista.

Impactos futuros

Para o HSBC, os riscos de baixa para os papéis incluem falha ou atraso na execução de projetos de fusões e aquisições, aumento menor que o esperado no número de admissões e fluxos de saída de alunos acima das expectativas.

Em contrapartida, a execução mais rápida dos projetos, a superação das expectativas no número de admissões por campus e as reduções em evasão e inadimplência são fatores que agregarão valor aos papéis da empresa.

Em 2011, as ações ordinárias da Anhanguera Educacional amargam uma desvalorização de aproximadamente 9%, enquanto o Ibovespa, principal benchmark da bolsa brasileira, registra queda de cerca de 4%.

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