Carteira de crédito desacelerou, apesar de dados positivos do Bradesco. (Paulo Whitaker/Reuters)
Tais Laporta
Publicado em 25 de julho de 2019 às 12h38.
Última atualização em 25 de julho de 2019 às 15h37.
Mesmo com um balanço robusto no segundo trimestre, o banco Bradesco sofria uma forte queda em seus papéis na manhã desta quinta-feira (25). Tanto as ações ordinárias (ON) como as preferenciais (PN) perdiam acima de 5%. O mau humor também contaminou os papéis do concorrente Itaú Unibanco, que caía mais de 3% perto do mesmo horário, ajudando a derrubar o Ibovespa, que perdia acima de 1%. Santander desvalorizada ao redor de 1,5% e Banco do Brasil, 3%.
Segundo maior banco privado do país, o Brasil teve alta de 25,2% no lucro líquido recorrente, beneficiado pelo aumento em receitas com prestação de serviços, maior margem financeira e menos despesas com provisões para perdas com inadimplência. O lucro líquido recorrente foi de 6,462 bilhões de reais entre abril e junho, superando a previsão média de analistas de 6,059 bilhões de reais, segundo a Refinitiv.
Se o desempenho foi tão sólido, porque as ações caíram forte nesta sessão? De acordo com um gestor ouvido pela Reuters, as receitas de tarifas e despesas surpreenderam negativamente, apesar do crescimento, houve uma desaceleração da carteira que chamou a atenção.
"Como as expectativas eram que esse resultado fosse o melhor do setor, a ação acaba sofrendo bastante", disse. Para a equipe do BTG Pactual, onde importa mais, os números do Bradesco foram bons.
A equipe da XP Investimentos escreveu, em relatório, que ainda vê o Bradesco como o melhor veículo no setor de bancos no segundo trimestre e reiterou a recomendação de compra e preço-alvo de R$ 47 para a ação.