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Mesmo com dois leilões, dólar cai e fecha a R$ 1,714

Por Rosangela Dolis São Paulo - Depois da alta de ontem, o dólar voltou à trajetória de queda. Perto do fechamento das negociações no mercado interbancário de câmbio, o Banco Central realizou seu segundo leilão de compra de dólares do dia, no qual fixou a taxa de corte das propostas em R$ 1,7188, mas ainda […]

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Da Redação

Publicado em 16 de setembro de 2010 às 14h11.

Por Rosangela Dolis

São Paulo - Depois da alta de ontem, o dólar voltou à trajetória de queda. Perto do fechamento das negociações no mercado interbancário de câmbio, o Banco Central realizou seu segundo leilão de compra de dólares do dia, no qual fixou a taxa de corte das propostas em R$ 1,7188, mas ainda assim a moeda norte-americana seguiu em baixa e fechou na cotação mínima do dia, a R$ 1,714, em queda de 0,70%. No mês, o dólar comercial registra queda de 2,39% e no ano acumula baixa de 1,66%. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros, o dólar negociado à vista encerrou o pregão a R$ 1,7185, recuo de 0,42%. O euro comercial registrou cedeu 0,18% para R$ 2,242.

No primeiro leilão, por volta do meio-dia, o BC definiu taxa de corte de R$ 1,7185. De acordo com fontes do mercado, com seus duplos leilões, o BC tem retirado dólares do mercado à média diária de US$ 650 milhões, considerando as intervenções até ontem. O BC vem realizando dois leilões diários de compra de dólares desde 8 de setembro.

Nas mesas de câmbio, as expectativas de fluxo positivo com a capitalização da Petrobras e novos anúncios de captações externas corporativas falaram mais alto que os alertas dados ontem pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que o governo está examinando cada movimento de entrada de capital externo no País, seus efeitos sobre o real, e está pronto para evitar uma valorização maior da moeda com a realização do processo de capitalização da Petrobrás.

O cenário externo também colaborou para a depreciação do dólar. A moeda norte-americana cai ante o euro. Ante o iene, teve leve alta, e aparentemente o governo japonês não atuou para depreciar a moeda nacional - ontem, as autoridades japonesas fizeram intervenção, provocando forte alta do dólar.

O euro foi fortalecido pelo leilão de bônus bem sucedido realizado pela Espanha. Como explicação para o avanço da moeda única, circularam ainda rumores de que a China estaria comprando euros para indiretamente controlar o yuan, que recentemente tem atingido uma série de máximas recordes diante do dólar.

Câmbio turismo

Nas operações de câmbio turismo, o dólar fechou em alta de 0,33% e foi negociado em média à R$ 1,813 na ponta de venda e a R$ 1,643 na compra. O euro turismo subiu 0,43% a R$ 2,343 (venda) e R$ 2,147 (compra).

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