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Mercados globais estão no início de um ciclo de alta, diz Goldman Sachs

Banco recomenda aproveitar qualquer período de baixa para comprar ações

Os índices acionários globais subiram mais de 70% desde a onda vendedora provocada pelo coronavírus em março do ano passado (Getty Images/Getty Images)

Os índices acionários globais subiram mais de 70% desde a onda vendedora provocada pelo coronavírus em março do ano passado (Getty Images/Getty Images)

BQ

Beatriz Quesada

Publicado em 19 de janeiro de 2021 às 15h43.

Última atualização em 19 de janeiro de 2021 às 15h44.

(Bloomberg) As medidas de estímulos nos Estados Unidos e a natureza da crise econômica causada pela pandemia tornam improvável uma tendência de mercados em baixa, disseram estrategistas do Goldman Sachs. A projeção de alta  deve se estabelecer mesmo com o risco de uma correção dos índices acionários, afirma o relatório. Por isso, o banco recomenda que os investidores aproveitem qualquer período de queda para comprar ações.

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Em vez de prever um território baixista, estrategistas do Goldman liderados por Peter Oppenheimer disseram em relatório que o mercado está nos estágios iniciais de uma fase altista após uma recuperação “explosiva” liderada pela recuperação das ações, que costuma marcar o início de um novo ciclo.

“O mercado está subindo com as boas notícias, mas optando por ignorar em grande parte os dados mais fracos e as taxas de infecção [por Covid-19] crescentes”, escreveram os estrategistas na terça-feira. “Existe o risco de uma correção, mas sem uma inflexão de mercado baixista.”

Os índices acionários globais subiram mais de 70% desde a onda vendedora provocada pelo coronavírus em março do ano passado, atingindo um recorde no início do mês com as apostas de recuperação econômica impulsionada pelas vacinas e maiores estímulos nos EUA. A forte retomada é “quase idêntica” à recuperação em relação à mínima na crise financeira em 2009, que foi seguida por uma correção, observa o Goldman.

O índice MSCI All-Country World registrou forte rali desde a mínima de março de 2009, antes de entrar em correção em maio do ano seguinte. Ainda assim, desta vez as circunstâncias são diferentes, disseram os estrategistas. “A velocidade e escala sem precedentes do suporte de políticas durante a pandemia, pensado para reduzir o risco de cicatrizes de longo prazo, também reduziram os riscos de cicatrizes estruturais e riscos de cauda para os investidores, permitindo-lhes ‘olhar além’ da crise rumo a uma recuperação”, escreveram os estrategistas.

Com a colaboração de Ksenia Galouchko

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