São Paulo - A cúpula dos líderes europeus no fim de semana mantém os mercados financeiros globais em clima de expectativa nesta sexta-feira, fraca em termos de divulgações econômicas, o que deve reforçar a volatilidade nas operações.

França e Alemanha afirmaram na véspera em comunicado conjunto que será dicutida uma solução global para a crise no domingo, mas que nenhuma decisão será adotada antes de uma segunda reunião, a ser realizada no mais tardar na quarta-feira. A nota trouxe algum alento após rumores sobre um possível adiamento do encontro por divergência entre as duas principais potências da região. A fraqueza do euro, contudo, sugere investidores ainda desconfiados quanto a uma solução definitiva.

Conforme chamou a atenção a equipe do BNP Paribas em nota a clientes, as autoridades europeias continuam transmitindo sinais conflitantes sobre o futuro do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (EFSF) e da participação do Banco Central Europeu (BCE) em um eventual plano para tentar resolver a crise no continente. "Os mercados estão em uma encruzilhada à espera de novos desdobramentos na UE." Às 7h25, o índice acionário europeu FTSEurofirst 300 subia 0,99 por cento, mas o euro era cotado a 1,3785 dólar, praticamente estável. Nos Estados Unidos, o futuro do S&P 500 ganhava 0,47 por cento -- 5,70 pontos. A agenda de balanços contempla os números da General Electric, Honeywell International e Verizon nesta sessão, entre outros. O MSCI para ações globais avançava 0,49 por cento e para emergentes, 0,34 por cento.

O MSCI da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão aumentava 0,39 por cento. Em Tóquio, o Nikkei <.N225> fechou com variação negativa de 0,04 por cento, enquanto o iene valorizava-se, com o dólar negociado a 76,70 ienes, em queda de 0,2 por cento. O governo japonês divulgou um pacote de 2 trilhões de ienes para estimular empresas afetadas pela apreciação da moeda frente ao dólar. Na China, o índice da bolsa de Xangai cedeu 0,60 por cento.

Entre as commodities, o petróleo do tipo Brent negociado em Londres declinava 0,16 por cento, a 109,58 dólares. Nas operações eletrônicas em Nova York, o barril era transacionado a 86,41 dólares, com acréscimo de 0,4 por cento. O cobre < CMCU3> disparava 4,45 por cento na City londrina. Nesse cenário, o índice DXY, que mede o valor do dólar ante uma cesta com as principais moedas globais, depreciava-se 0,12 por cento.