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Mercado revê aposta em política monetária e DIs caem

Ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2013 subia para 9,33%, de 9,29% no ajuste anterior, enquanto o DI janeiro de 2014 avançava para 9,70%

Entre os vencimentos mais longos, o DI janeiro de 2017, com giro de 56.290 contratos (Luiz Prado/Divulgação/BM&FBOVESPA)
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Da Redação

Publicado em 13 de fevereiro de 2012 às 16h18.

São Paulo - A aprovação do pacote de austeridade pelo Parlamento grego até ajudou a embutir prêmios nos contratos de juros futuros mais curtos, mas o movimento de desinclinação da curva a termo deriva de discussões em torno da política monetária interna. A distribuição, pelo Banco Central, de um formulário para descobrir com quais projeções os analistas trabalham para alguns dados econômicos, entre eles o juro neutro, pode indicar que o BC quer reduzir a diferença de prêmios entre os vencimentos curtos e longos. Além disso, duas matérias de jornais paulistas - de que o governo não busca mudar a remuneração da poupança com urgência e de que o juro subsidiado é um empecilho à Selic menor - acabaram freando a percepção de que a taxa básica pode ter cortes mais bruscos no curto prazo, ainda que sem tirar a precificação de um dígito do radar.

Assim, ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2013 (270.470 contratos) subia para 9,33%, de 9,29% no ajuste anterior, enquanto o DI janeiro de 2014 (199.070 contratos) avançava para 9,70%, de 9,67% na sexta-feira. Entre os vencimentos mais longos, o DI janeiro de 2017, com giro de 56.290 contratos, cedia para 10,73%, de 10,77%, e o DI janeiro de 2021 (1.990 contratos) marcava 11,20%, de 11,27% no ajuste.

Ainda por aqui, a pesquisa Focus mostrou que a mediana das estimativas para o IPCA em 2012 segue em 5,29%. No entanto, entre o grupo de analistas que mais acertam projeções, o chamado top 5, a previsão para o IPCA em 2012 caiu de 5,41% para 5,37%. Os analistas reduziram a previsão para o nível em que a taxa básica de juros da economia brasileira deve terminar 2013, de 10,75% ao ano para 10,50% ao ano.

No exterior, ainda há muita incerteza em relação à Grécia. Apesar do otimismo com a determinação do Parlamento grego, o mercado não demonstrou euforia. Um dos motivos é o fato de que os credores mantêm um discurso rígido e argumentam que, agora, falta a implementação das medidas. Até mesmo um porta-voz do governo grego disse que os líderes dos principais partidos políticos do país ainda precisam se comprometer com as reformas por escrito. O documento precisa ser entregue ao Eurogrupo - que reúne os ministros de Finanças da zona do euro - antes da reunião prevista para quarta-feira e na qual será discutida a liberação do segundo pacote de resgate para a Grécia.

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São Paulo - A aprovação do pacote de austeridade pelo Parlamento grego até ajudou a embutir prêmios nos contratos de juros futuros mais curtos, mas o movimento de desinclinação da curva a termo deriva de discussões em torno da política monetária interna. A distribuição, pelo Banco Central, de um formulário para descobrir com quais projeções os analistas trabalham para alguns dados econômicos, entre eles o juro neutro, pode indicar que o BC quer reduzir a diferença de prêmios entre os vencimentos curtos e longos. Além disso, duas matérias de jornais paulistas - de que o governo não busca mudar a remuneração da poupança com urgência e de que o juro subsidiado é um empecilho à Selic menor - acabaram freando a percepção de que a taxa básica pode ter cortes mais bruscos no curto prazo, ainda que sem tirar a precificação de um dígito do radar.

Assim, ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2013 (270.470 contratos) subia para 9,33%, de 9,29% no ajuste anterior, enquanto o DI janeiro de 2014 (199.070 contratos) avançava para 9,70%, de 9,67% na sexta-feira. Entre os vencimentos mais longos, o DI janeiro de 2017, com giro de 56.290 contratos, cedia para 10,73%, de 10,77%, e o DI janeiro de 2021 (1.990 contratos) marcava 11,20%, de 11,27% no ajuste.

Ainda por aqui, a pesquisa Focus mostrou que a mediana das estimativas para o IPCA em 2012 segue em 5,29%. No entanto, entre o grupo de analistas que mais acertam projeções, o chamado top 5, a previsão para o IPCA em 2012 caiu de 5,41% para 5,37%. Os analistas reduziram a previsão para o nível em que a taxa básica de juros da economia brasileira deve terminar 2013, de 10,75% ao ano para 10,50% ao ano.

No exterior, ainda há muita incerteza em relação à Grécia. Apesar do otimismo com a determinação do Parlamento grego, o mercado não demonstrou euforia. Um dos motivos é o fato de que os credores mantêm um discurso rígido e argumentam que, agora, falta a implementação das medidas. Até mesmo um porta-voz do governo grego disse que os líderes dos principais partidos políticos do país ainda precisam se comprometer com as reformas por escrito. O documento precisa ser entregue ao Eurogrupo - que reúne os ministros de Finanças da zona do euro - antes da reunião prevista para quarta-feira e na qual será discutida a liberação do segundo pacote de resgate para a Grécia.

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