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Mercado adia aposta em alta da Selic após anúncio do PIB

Estímulos do governo, incluindo incentivos fiscais, maiores gastos e a pressão para a redução de tarifas de energia não estão conseguindo salvar a maior economia da AL

Pregão da Bovespa: a maior queda dos juros futuros em oito semanas mostra que operadores estão adiando as expectativas de um aumento da taxa básica  (Luiz Prado/Divulgação/BM&FBOVESPA)
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Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2012 às 07h48.

São Paulo - A maior queda dos juros futuros em oito semanas mostra que operadores estão adiando as expectativas de um aumento da taxa básica e especulando que o Banco Central manterá a Selic na mínima histórica para estimular o crescimento.

O Comitê de Política Monetária deve elevar a Selic em agosto em relação aos atuais 7,25 por cento, mostram as taxas dos contratos de juros futuros, um mês mais tarde do que os operadores vinham apostando até a divulgação do Produto Interno Bruto do terceiro trimestre, em 30 de novembro. O PIB cresceu 0,9 por cento no período na comparação anual, o pior desempenho entre os chamados BRIC.

Estímulos do governo, incluindo incentivos fiscais, maiores gastos e a pressão para a redução de tarifas de energia não estão conseguindo salvar a maior economia da América Latina de seu período de dois anos de expansão mais lento em uma década.

A inflação, que ultrapassou o centro da meta por 26 meses, pode ser atenuada pelo crescimento mais fraco do que o previsto, permitindo que o BC espere mais tempo para subir os juros, de acordo com Jankiel Santos, economista-chefe do Banco Espírito Santo de Investimento SA.

“Isso aumenta o período de tempo pelo qual o Banco Central pode manter a Selic inalterada”, disse Santos em entrevista por telefone de São Paulo. “Em vez de apostar em uma alta dos juros e uma retomada da tendência de alta no fim de 2013, isso pode acontecer só no início de 2014.”

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O Comitê de Política Monetária deve elevar a Selic em agosto em relação aos atuais 7,25 por cento, mostram as taxas dos contratos de juros futuros, um mês mais tarde do que os operadores vinham apostando até a divulgação do Produto Interno Bruto do terceiro trimestre, em 30 de novembro. O PIB cresceu 0,9 por cento no período na comparação anual, o pior desempenho entre os chamados BRIC.

Estímulos do governo, incluindo incentivos fiscais, maiores gastos e a pressão para a redução de tarifas de energia não estão conseguindo salvar a maior economia da América Latina de seu período de dois anos de expansão mais lento em uma década.

A inflação, que ultrapassou o centro da meta por 26 meses, pode ser atenuada pelo crescimento mais fraco do que o previsto, permitindo que o BC espere mais tempo para subir os juros, de acordo com Jankiel Santos, economista-chefe do Banco Espírito Santo de Investimento SA.

“Isso aumenta o período de tempo pelo qual o Banco Central pode manter a Selic inalterada”, disse Santos em entrevista por telefone de São Paulo. “Em vez de apostar em uma alta dos juros e uma retomada da tendência de alta no fim de 2013, isso pode acontecer só no início de 2014.”

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