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Meirelles frustra mercado e ações da Sabesp caem na Bolsa

Henrique Meirelles afirmou que considera "muito pouco provável" que haja uma definição sobre a privatização ou a capitalização da Sabesp em 2019

Sabesp: a expectativa era a capitalização ou privatização fosse ainda este ano (Paulo Whitaker/Reuters)

Karla Mamona

Publicado em 2 de abril de 2019 às 10h55.

Última atualização em 2 de abril de 2019 às 16h44.

São Paulo - As ações da Sabesp, companhia de saneamento do estado de São Paulo, lideravam as perdas do Ibovespa nesta terça-feira. Os papéis abriram o pregão em queda e ampliaram a baixa no período da tarde. Por volta das 14h40, os papéis caiam 4,70%, sendo vendido na casa dos 40 reais, cada um.

Ontem, Henrique Meirelles, secretário da Fazenda e Planejamento do governo de São Paulo, afirmou que considera "muito pouco provável" que haja uma definição sobre a privatização ou a capitalização da Sabesp em 2019.

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A previsão é que o processo seja concluído apenas no começo de 2020. Segundo Meirelles, a avaliação leva em consideração a indefinição em relação à votação da MP 868, que altera o marco regulatório do setor de saneamento.

Para a Guide Investimentos, a demora na conclusão da capitalização, ou privatização, da Sabesp é algo que pode pressionar as ações da companhia no curto prazo, já que a expectativa era que o evento ocorresse ainda neste ano.

Disse ainda que privatização é positiva, dado que o processo traz menor interferência política em suas decisões, alinhando seus objetivos à indústria, com melhora de governança e administração.

No ano, as ações da Sabesp acumulam valorização de cerca de 30%. Atualmente, o valor de mercado da companhia é de 28 bilhões de reais.

Em nota enviada ao site EXAME, a Secretaria da Fazenda e do Planejamento do estado de São Paulo, afirmou que aprivatização ou capitalização da Sabesp está mantida e que é prioridade do governo.

Entretanto, o modelo depende da aprovação da Medida Provisória 868/2018 do Saneamento que está em discussão no Congresso."A capitalização ou privatização sai entre o fim deste ano e o começo de 2020, ou seja, 2 a 3 meses que não comprometem ou fazem diferença do ponto de vista do acionista. Inclusive, dois grupos de trabalho criados pela Secretaria de Fazenda já trabalham nestes dois modelos."

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