Leilão do BCE pressionará o dólar hoje
Além da moeda ameircana, o euro está mostrando volatilidade e tendência à desvalorização
Da Redação
Publicado em 29 de fevereiro de 2012 às 10h27.
São Paulo - O segundo leilão de refinanciamento de longo prazo do Banco Central Europeu ( BCE ) superou o primeiro tanto em volume - 529,53 bilhões de euros ante 489,19 bilhões de euros registrados em dezembro do ano passado - quanto em número de instituições participantes - 800 ante 523. Em reação, o euro está mostrando volatilidade e tendência à desvalorização, o que está coerente com uma realização do movimento de antecipação positivo visto nos últimos pregões e com o fato de, agora, haver ainda mais liquidez no sistema, o que, tecnicamente, enfraquece a moeda europeia ante seus pares a despeito de uma melhora no sentimento de aversão ao risco.
No mercado doméstico de câmbio, ao contrário, a perspectiva de aumento de liquidez internacional tende a intensificar a valorização do real, já que a avaliação é de que os investidores, com mais dinheiro em mãos, irão procurar moedas com potencial de ganho maior. Foi isso que aconteceu depois do leilão de dezembro. "A reação inicial foi negativa porque o número de bancos que recorreu ao leilão foi grande, mas logo em seguida prevaleceu a leitura de que mais dinheiro deve procurar os países emergentes com as características do Brasil", disse gerente de operações do Banco Indusval, Alberto Félix de Oliveira Neto. Às 9h49, o dólar para março caia 0,15%, cotado a R$ 1,6935. O dólar pronto na BM&F perdia 0,42%, a R$ 1,6937.
Uma das características domésticas com potencial para interferir no rumo do dólar, hoje, é o fato de ser dia da definição da Ptax que liquida amanhã os contratos de derivativos cambiais de março. Vale registrar que os investidores estrangeiros estão virando o mês em meio a um movimento de aumento significativo das posições vendidas líquidas em derivativos cambiais, o que pode até intensificar as pressões para a queda do dólar.
Ontem, os estrangeiros encerraram o pregão com posição líquida vendida de 63.484 contratos, equivalentes a US$ 3,174 bilhões. A venda concentra-se nos contratos de dólar futuro, onde a posição vendida líquida ficou em 62.180 (US$ 3,109 bilhões) contratos ao final desta terça-feira. Em contratos de DDI, as mudanças têm sido imperceptíveis. No fechamento de ontem, a posição dos estrangeiros nesses contratos era vendida em 1.304 contratos (US$ 65,2 milhões).
O segundo fator doméstico de destaque para o mercado de câmbio é o constante temor de intervenção do Banco Central. Desde quarta-feira da semana passada, com a ameaça de rompimento para baixo do piso informal de R$ 1,70, o BC intensificou suas intervenções e leilões têm sido feitos diariamente. Ontem, o dólar à vista encerrou o pregão a R$ 1,702.
São Paulo - O segundo leilão de refinanciamento de longo prazo do Banco Central Europeu ( BCE ) superou o primeiro tanto em volume - 529,53 bilhões de euros ante 489,19 bilhões de euros registrados em dezembro do ano passado - quanto em número de instituições participantes - 800 ante 523. Em reação, o euro está mostrando volatilidade e tendência à desvalorização, o que está coerente com uma realização do movimento de antecipação positivo visto nos últimos pregões e com o fato de, agora, haver ainda mais liquidez no sistema, o que, tecnicamente, enfraquece a moeda europeia ante seus pares a despeito de uma melhora no sentimento de aversão ao risco.
No mercado doméstico de câmbio, ao contrário, a perspectiva de aumento de liquidez internacional tende a intensificar a valorização do real, já que a avaliação é de que os investidores, com mais dinheiro em mãos, irão procurar moedas com potencial de ganho maior. Foi isso que aconteceu depois do leilão de dezembro. "A reação inicial foi negativa porque o número de bancos que recorreu ao leilão foi grande, mas logo em seguida prevaleceu a leitura de que mais dinheiro deve procurar os países emergentes com as características do Brasil", disse gerente de operações do Banco Indusval, Alberto Félix de Oliveira Neto. Às 9h49, o dólar para março caia 0,15%, cotado a R$ 1,6935. O dólar pronto na BM&F perdia 0,42%, a R$ 1,6937.
Uma das características domésticas com potencial para interferir no rumo do dólar, hoje, é o fato de ser dia da definição da Ptax que liquida amanhã os contratos de derivativos cambiais de março. Vale registrar que os investidores estrangeiros estão virando o mês em meio a um movimento de aumento significativo das posições vendidas líquidas em derivativos cambiais, o que pode até intensificar as pressões para a queda do dólar.
Ontem, os estrangeiros encerraram o pregão com posição líquida vendida de 63.484 contratos, equivalentes a US$ 3,174 bilhões. A venda concentra-se nos contratos de dólar futuro, onde a posição vendida líquida ficou em 62.180 (US$ 3,109 bilhões) contratos ao final desta terça-feira. Em contratos de DDI, as mudanças têm sido imperceptíveis. No fechamento de ontem, a posição dos estrangeiros nesses contratos era vendida em 1.304 contratos (US$ 65,2 milhões).
O segundo fator doméstico de destaque para o mercado de câmbio é o constante temor de intervenção do Banco Central. Desde quarta-feira da semana passada, com a ameaça de rompimento para baixo do piso informal de R$ 1,70, o BC intensificou suas intervenções e leilões têm sido feitos diariamente. Ontem, o dólar à vista encerrou o pregão a R$ 1,702.