Mercados

Klabin vai desdobrar units para incentivar liquidez

Segundo presidente, companhia pretende abrir novas janelas para atuais acionistas converterem suas ações em units


	Fábrica da Klabin em Piracicaba: companhia passou a negociar units em janeiro, após migrar para o nível 2 da BM&FBovespa
 (Paulo Fridman/Bloomberg)

Fábrica da Klabin em Piracicaba: companhia passou a negociar units em janeiro, após migrar para o nível 2 da BM&FBovespa (Paulo Fridman/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de fevereiro de 2014 às 15h20.

São Paulo - A fabricante de papel Klabin pretende abrir novas janelas para atuais acionistas converterem suas ações em units, afirmou nesta quinta-feira o presidente da companhia, Fabio Schvartsman, acrescentando que a empresa também deve promover um desdobramento das units para fomentar a liquidez dos títulos.

"Pudemos perceber a dificuldade que o varejo tem de migrar da (ação) preferencial para a unit por causa do alto valor da unit. Provavelmente, na próxima assembleia ordinária (de acionistas) em março teremos uma solução para isso", disse o executivo em teleconferência com analistas.

"Não só abriremos uma nova janela como facilitaremos a vida do investidor reduzindo o valor da negociação por meio do desdobramento da unit", disse Schvartsman. "Vamos abrir tantas janelas quanto forem necessárias para concentrar toda a liquidez em units", acrescentou.

Às 14h49, as units da Klabin eram negociadas a 59,28 reais, em queda de 2,8 por cento, enquanto a ação preferencial da companhia mostrava queda de 0,41 por cento, a 12,17 reais. A empresa informou na quarta-feira que encerrou o quarto trimestre com lucro líquido de 22 milhões de reais, queda de 85 por cento sobre o mesmo período de 2012.

A Klabin passou a negociar units, compostas por quatro ações preferenciais e uma ordinária, em janeiro, após migrar para o nível 2 da BM&FBovespa, em meio a sua estratégia de levantar recursos para fazer frente ao denominado Projeto Puma, uma fábrica de celulose no Paraná.

Segundo Schvartsman, a Klabin já tem 80 por cento dos equipamentos da fábrica de celulose adquiridos e mantém negociações com fornecedores para o restante para completar as compras entre fevereiro e março. A previsão é que o Projeto Puma comece a operar no final do primeiro trimestre de 2016.

A Klabin estima investimento de 3,5 bilhões de reais em 2014, dos quais 2,8 bilhões de reais na fábrica de celulose. Em 2012, a companhia investiu 899 milhões de reais.

O executivo não comentou sobre a expectativa da empresa sobre os preços de papelão ondulado, mas afirmou que a Klabin não vai desviar produção para atender mercado externo diante do cenário cambial mais favorável para exportações.

"No caso da Klabin, nós temos claras limitações de capacidade (...) estamos até comprando papéis reciclados no mercado para abastecimento interno nosso e liberando kraftliner para exportação", disse o executivo. "Volumes (demandados por clientes) estão muito fortes. Estamos penando porque queremos atender todos os clientes e nossa capacidade é limitada." Schvartsman afirmou que a Klabin terá um "respiro" depois que a empresa expandir em maio a capacidade de máquina de cartões em 50 mil toneladas.

O executivo comentou ainda que a Klabin espera ter até o final do primeiro semestre decisão sobre projeto de expansão de capacidades de kraftliner e cartão das unidades de Angatuba (SP) e Piracicaba (SP).

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasKlabinMadeiraPapel e Celulose

Mais de Mercados

Banco Central anuncia leilão de linha com compromisso de recompra de até US$ 4 bilhões

CEO da Exxon defende que Trump mantenha EUA no Acordo de Paris

Ibovespa fechou em leve queda com incertezas fiscais e ata do Copom

SoftBank volta a registrar lucro trimestral de US$ 7,7 bilhões com recuperação de investimentos