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Juros voltam a subir com força puxados por alta do dólar

O avanço foi amplificado pela valorização do dólar ante o real, que tocou na casa de R$ 2,26

Bovespa: ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para abril de 2014 (74.480 contratos) estava em 10,02% (Yasuyoshi/AFP Photo)
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Da Redação

Publicado em 1 de novembro de 2013 às 16h08.

São Paulo - As taxas futuras de juros deram prosseguimento ao ajuste de alta iniciado na quinta-feira, 31 de outubro, após o mercado tomar conhecimento do resultado fiscal ruim apresentado pelo governo.

O avanço, no entanto, foi amplificado pela valorização do dólar ante o real, que tocou na casa de R$ 2,26, o que ajudou a dar origem a ordens de "stop loss" por parte dos investidores.

Segundo profissionais da área de renda fixa, os comentários nas mesas de operação são de que o mercado já começou a colocar nos preços a possibilidade de rebaixamento do rating brasileiro. Para piorar, o sentimento de que o Federal Reserve possa reduzir os estímulos à economia mais cedo do que se imaginava puxou os yields dos Treasuries, com reflexos nos juros domésticos, que ultrapassaram o nível de 12% nos vencimentos mais longos.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para abril de 2014 (74.480 contratos) estava em 10,02%, de 10,00% no ajuste anterior.

O juro para janeiro de 2015 (463.215 contratos) indicava 10,67%, de 10,57% no ajuste de ontem. Na ponta mais longa da curva a termo, o DI para janeiro de 2017 (276.045 contratos) apontava 11,67%, ante 11,47% na véspera. A taxa do DI para janeiro de 2021 (17.750 contratos) marcava 12,02%, de 11,84% no ajuste anterior.

"Os juros já começaram a andar ontem, por causa do fiscal horroroso. Hoje, também com a disparada do dólar, houve ordens de stop loss que amplificaram ainda mais a alta das taxas futuras", afirmou um operador. Hoje, o chairman do Goldman Sachs no Brasil, Paulo Leme, afirmou, inclusive, que o Brasil pode ter seu rating revisado para pior, mas não deve perder o grau de investimento.

Para piorar, os indicadores de atividade seguem titubeando, o que reforça a possibilidade de um PIB negativo no terceiro trimestre. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a indústria teve alta de 0,7% em setembro ante agosto, com ajuste sazonal, resultado que ficou abaixo da mediana das expectativas colhidas pelo AE Projeções (+1,2%) e perto do piso das estimativas, de +0,40%.

Em relação à inflação, o Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) acelerou para 0,55% em outubro, ante 0,30% em setembro e 0,49% na terceira quadrissemana do mês passado, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O IPC-S ficou acima do teto das estimativas, de 0,53%.

O dólar também pressionou os juros. A moeda dos EUA ante o real sobe devido à pressão externa e também por uma leitura ruim dos investidores em relação ao país.

No fim, o dólar à vista ficou cotado a R$ 2,2540, com valorização de 1,03%. No exterior, dados mistos dos EUA e declarações de diretores do Federal Reserve ajudaram a reforçar a ideia de que a redução dos estímulos à economia norte-americana realmente pode começar mais cedo do que se esperava, talvez em dezembro.

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São Paulo - As taxas futuras de juros deram prosseguimento ao ajuste de alta iniciado na quinta-feira, 31 de outubro, após o mercado tomar conhecimento do resultado fiscal ruim apresentado pelo governo.

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Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para abril de 2014 (74.480 contratos) estava em 10,02%, de 10,00% no ajuste anterior.

O juro para janeiro de 2015 (463.215 contratos) indicava 10,67%, de 10,57% no ajuste de ontem. Na ponta mais longa da curva a termo, o DI para janeiro de 2017 (276.045 contratos) apontava 11,67%, ante 11,47% na véspera. A taxa do DI para janeiro de 2021 (17.750 contratos) marcava 12,02%, de 11,84% no ajuste anterior.

"Os juros já começaram a andar ontem, por causa do fiscal horroroso. Hoje, também com a disparada do dólar, houve ordens de stop loss que amplificaram ainda mais a alta das taxas futuras", afirmou um operador. Hoje, o chairman do Goldman Sachs no Brasil, Paulo Leme, afirmou, inclusive, que o Brasil pode ter seu rating revisado para pior, mas não deve perder o grau de investimento.

Para piorar, os indicadores de atividade seguem titubeando, o que reforça a possibilidade de um PIB negativo no terceiro trimestre. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a indústria teve alta de 0,7% em setembro ante agosto, com ajuste sazonal, resultado que ficou abaixo da mediana das expectativas colhidas pelo AE Projeções (+1,2%) e perto do piso das estimativas, de +0,40%.

Em relação à inflação, o Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) acelerou para 0,55% em outubro, ante 0,30% em setembro e 0,49% na terceira quadrissemana do mês passado, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O IPC-S ficou acima do teto das estimativas, de 0,53%.

O dólar também pressionou os juros. A moeda dos EUA ante o real sobe devido à pressão externa e também por uma leitura ruim dos investidores em relação ao país.

No fim, o dólar à vista ficou cotado a R$ 2,2540, com valorização de 1,03%. No exterior, dados mistos dos EUA e declarações de diretores do Federal Reserve ajudaram a reforçar a ideia de que a redução dos estímulos à economia norte-americana realmente pode começar mais cedo do que se esperava, talvez em dezembro.

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