Mercados

Juros têm leve alta com expectativa da meta fiscal

No trecho longo da curva, o DI para janeiro de 2017 (292.865 contratos) tinha taxa de 12,51%, de 12,48%


	Bovespa: no fim da sessão regular no mercado de juros, contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em abril de 2014 apontava 10,563%
 (BM&FBovespa/Divulgação)

Bovespa: no fim da sessão regular no mercado de juros, contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em abril de 2014 apontava 10,563% (BM&FBovespa/Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de fevereiro de 2014 às 17h58.

São Paulo - Os contratos dos juros futuros fecharam a sessão desta quarta-feira, 19, com alta discreta, em um comportamento que foi visto desde o início do dia devido à expectativa pelo anúncio da meta fiscal do governo, bem como pela ata do Federal Reserve, conhecida no fim da tarde.

Nesta quarta o ministro da Fazenda, Guido Mantega, teve dois encontros com a presidente Dilma Rousseff para finalizar os cortes no Orçamento e definir o número que será referência para o superávit primário de 2014.

Após a segunda reunião, o ministro informou apenas que o anúncio da meta fiscal será feito na quinta-feira.

No fim da sessão regular no mercado de juros, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em abril de 2014 (31.445 contratos) apontava 10,563%, de 10,546% no ajuste de terça. O DI para janeiro de 2015 (222.595 contratos) indicava 11,13%, ante 11,12%.

No trecho longo da curva, o DI para janeiro de 2017 (292.865 contratos) tinha taxa de 12,51%, de 12,48%. O DI para janeiro de 2021 (26.280 contratos) projetava 13,07%, de 13,01% no ajuste anterior.

Já a ata do Federal Reserve veio com um tom mais duro do que se esperava. O documento mostrou que as autoridades do Fed começaram a discutir em janeiro sobre quando seria apropriado elevar as taxas de juros, com alguns membros sinalizando que isso pode ocorrer antes do esperado.

A ata indicou também que o Fed parece disposto a continuar reduzindo as compras mensais de bônus em "passos comedidos" no decorrer do ano, desde que a economia continue conforme o esperado. "Diversos participantes argumentaram que, na ausência de mudanças apreciáveis na perspectiva econômica, o cenário é favorável para a redução no ritmo das compras em um total de US$ 10 bilhões a cada reunião do Fomc", disse a ata.

Isso fez com que o dólar reduzisse a queda diante do real e com que os yields dos Treasuries passassem a subir com mais força. O que resultou em uma aceleração da alta das taxas domésticas mais longas. Ainda assim, no fim do dia no balcão, a moeda dos EUA fechou em queda de 0,04%, cotada a R$ 2,3920.

No cenário de inflação doméstico, a segunda prévia do IGP-M deste mês mostrou avanço de 0,24%, abaixo da taxa de 0,46% registrada em igual leitura de janeiro, de acordo com a FGV. O resultado foi pouco menor que o piso do intervalo de estimativas dos analistas.

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresEmpresasEmpresas abertasJurosservicos-financeirosTaxas

Mais de Mercados

Fundador do Telegram anuncia lucro líquido pela primeira vez em 2024

Banco Central fará leilão à vista de até US$ 3 bi na quinta-feira

Marcopolo avança na eletrificação com aquisição de participação em empresa chilena

Suzano (SUZB3) aprova pagamento de R$ 657 milhões em juros sobre capital próprio