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Juros sobem por movimento técnico e em véspera de IPCA

O Banco Central (BC) promoveu um novo leilão swap cambial, fazendo a moeda dos EUA voltar a cair, o que recolocou os juros perto dos ajustes anteriores

"Os juros oscilaram junto com os movimentos do dólar. Os investidores também não querem mudar muito as posições atuais. Eles estão em compasso de espera pelo Copom", citou um operador (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2013 às 17h11.

São Paulo - Sem a referência norte-americana devido ao feriado do Dia da Independência, a liquidez do mercado de juros foi ainda bem reduzida e as oscilações ocorreram por notícias vindas da Europa e em linha com a variação do dólar na maior parte do pregão.

No fim dos negócios desta quinta-feira, 04, as taxas futuras subiram, influenciadas, segundo operadores, por movimentos técnicos.

Os investidores tiraram prêmios da curva de juros quando o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, disse que a política monetária acomodatícia da região deve se manter "por período prolongado", podendo até ter juros menores.

No começo da tarde, uma puxada do dólar fez com que as taxas batessem as máximas do dia. Mas o Banco Central (BC) promoveu um novo leilão swap cambial, fazendo a moeda dos EUA voltar a cair, o que recolocou os juros perto dos ajustes anteriores. Nos minutos finais, as taxas voltaram a subir com intensidade.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para outubro de 2013 (84.890 contratos) estava em 8,45%, de 8,42% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2014 (120.890 contratos) marcava 8,87%, ante 8,85%. O vencimento para janeiro de 2015 (190.620 contratos) indicava taxa máxima de 9,75%, ante 9,65% na véspera. Na ponta mais longa da curva a termo, o contrato para janeiro de 2017 (217.620 contratos) apontava máxima de 11,04%, ante 10,87%. O DI para janeiro de 2021 (apenas 3.365 contratos) estava em 11,44%, também máxima, de 11,22% no ajuste anterior.

"Os juros oscilaram junto com os movimentos do dólar. Os investidores também não querem mudar muito as posições atuais. Eles estão em compasso de espera pelo Copom", citou um operador, referindo-se à reunião do Comitê de Política Monetária do BC na próxima semana.

"De qualquer forma, a liquidez menor de hoje ajudou a dar mais volatilidade às taxas e a puxada nos minutos finais dos negócios pode estar relacionada a movimentos técnicos", continuou, lembrando que, na sexta-feira, 05, será divulgado o resultado de junho do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA, o indicador oficial da inflação).

No noticiário doméstico, destaque para a queda de 7,8% na produção de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus em junho ante maio. Por outro lado, houve avanço de 15,5% ante o mesmo período de 2012, informou a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Além disso, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) reduziu sua projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,2% para 2,0% neste ano. A projeção para a expansão do PIB industrial também foi revisada para baixo, de 2,6% para 1,0%. No ano passado, houve retração de 0,8%.

No exterior, os destaques foram as reuniões do BCE e do Banco da Inglaterra (BoE). Apesar de a política monetária de ambos continuar inalterada, eles surpreenderam - o BCE pela atitude inédita de anunciar diretrizes sobre o futuro da política e o BoE por emitir pela primeira vez um comunicado mais detalhado. Ambos deram sinais de que suas políticas monetárias devem seguir acomodatícias por um longo período, o que garantiu o otimismo dos investidores.

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São Paulo - Sem a referência norte-americana devido ao feriado do Dia da Independência, a liquidez do mercado de juros foi ainda bem reduzida e as oscilações ocorreram por notícias vindas da Europa e em linha com a variação do dólar na maior parte do pregão.

No fim dos negócios desta quinta-feira, 04, as taxas futuras subiram, influenciadas, segundo operadores, por movimentos técnicos.

Os investidores tiraram prêmios da curva de juros quando o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, disse que a política monetária acomodatícia da região deve se manter "por período prolongado", podendo até ter juros menores.

No começo da tarde, uma puxada do dólar fez com que as taxas batessem as máximas do dia. Mas o Banco Central (BC) promoveu um novo leilão swap cambial, fazendo a moeda dos EUA voltar a cair, o que recolocou os juros perto dos ajustes anteriores. Nos minutos finais, as taxas voltaram a subir com intensidade.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para outubro de 2013 (84.890 contratos) estava em 8,45%, de 8,42% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2014 (120.890 contratos) marcava 8,87%, ante 8,85%. O vencimento para janeiro de 2015 (190.620 contratos) indicava taxa máxima de 9,75%, ante 9,65% na véspera. Na ponta mais longa da curva a termo, o contrato para janeiro de 2017 (217.620 contratos) apontava máxima de 11,04%, ante 10,87%. O DI para janeiro de 2021 (apenas 3.365 contratos) estava em 11,44%, também máxima, de 11,22% no ajuste anterior.

"Os juros oscilaram junto com os movimentos do dólar. Os investidores também não querem mudar muito as posições atuais. Eles estão em compasso de espera pelo Copom", citou um operador, referindo-se à reunião do Comitê de Política Monetária do BC na próxima semana.

"De qualquer forma, a liquidez menor de hoje ajudou a dar mais volatilidade às taxas e a puxada nos minutos finais dos negócios pode estar relacionada a movimentos técnicos", continuou, lembrando que, na sexta-feira, 05, será divulgado o resultado de junho do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA, o indicador oficial da inflação).

No noticiário doméstico, destaque para a queda de 7,8% na produção de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus em junho ante maio. Por outro lado, houve avanço de 15,5% ante o mesmo período de 2012, informou a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Além disso, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) reduziu sua projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,2% para 2,0% neste ano. A projeção para a expansão do PIB industrial também foi revisada para baixo, de 2,6% para 1,0%. No ano passado, houve retração de 0,8%.

No exterior, os destaques foram as reuniões do BCE e do Banco da Inglaterra (BoE). Apesar de a política monetária de ambos continuar inalterada, eles surpreenderam - o BCE pela atitude inédita de anunciar diretrizes sobre o futuro da política e o BoE por emitir pela primeira vez um comunicado mais detalhado. Ambos deram sinais de que suas políticas monetárias devem seguir acomodatícias por um longo período, o que garantiu o otimismo dos investidores.

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