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Juros sobem com cenário eleitoral, dólar e Treasuries

Na BM&FBovespa, a maior parte dos principais contratos encerrou a sessão regular nas máximas

Bovespa: com 37.505 contratos negociados, o DI para janeiro de 2015 fechou em 10,84% (BM&FBovespa/Divulgação)
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Da Redação

Publicado em 9 de setembro de 2014 às 17h35.

São Paulo - Os juros futuros encerraram em alta a sessão desta terça-feira, 9, em linha com o dólar e com os juros dos títulos norte-americanos, em meio à tensão com o cenário eleitoral doméstico e o rebaixamento da perspectiva da nota soberana do Brasil pela Moody's.

Na BM&FBovespa, a maior parte dos principais contratos encerrou a sessão regular nas máximas.

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Com 37.505 contratos negociados, o DI para janeiro de 2015 fechou em 10,84% (máxima), ante 10,83% ontem.

O DI para janeiro de 2016 (232.890 contratos) também terminou no maior patamar do dia, a 11,49%, de 11,39% no ajuste da véspera.

Também na máxima, o DI para janeiro de 2017 projetava taxa de 11,58%, de 11,42% no ajuste anterior, com 448.950 contratos.

O DI para janeiro de 2021 terminou em 11,39% (260.690 contratos), de 11,20% após o ajuste de segunda-feira.

O dólar no balcão subiu 0,97%, a R$ 2,2880.

Pela manhã, a pesquisa CNT/MDA mostrou as candidatas à Presidência Marina Silva (PSB) e Dilma Rousseff (PT) empatadas tecnicamente em uma simulação de segundo turno, com 45,5% e 42,7%, respectivamente.

Para o primeiro turno, a pesquisa apontou que Dilma obteve 38,1% das intenções de voto e Marina, 33,5%.

Em relação à sondagem passada, a diferença entre as duas caiu, já que Dilma tinha no primeiro turno 34,2%, e Marina, 28,2%.

O diretor do MDA, Marcelo Souza, afirmou que não enxerga mais uma tendência de crescimento nas intenções de voto da candidata do PSB.

O mercado já tinha antecipado esse quadro na sessão de ontem, mas, mesmo assim, reagiu negativamente aos números. Agora, os investidores aguardam os dados do Datafolha esperados para ainda hoje.

A pesquisa CNT/MDA endossou a percepção de que Marina Silva pode ter alcançado o limite de desempenho positivo entre os eleitores, enquanto Dilma ainda teria espaço para crescer, o que levou o mercado a embutir mais prêmio de risco na curva a termo.

Na avaliação dos investidores, mesmo Dilma já tendo anunciado que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, não continuará em um eventual segundo mandato, a política econômica deverá continuar a mesma, o que desagrada ao mercado.

Mal o investidor tinha absorvido os dados da CNT/MDA, o mercado recebeu o anúncio da Moody's, de revisão da perspectiva da nota soberana BAA2 do Brasil, de estável para negativa.

Como argumento, a agência citou a redução "sustentada" no crescimento econômico, a deterioração "acentuada" no sentimento do investidor e os desafios fiscais.

Lá fora, a expectativa de que o Federal Reserve poderá antecipar o aumento da taxa dos Fed Funds, reforçada pela divulgação, ontem, de um estudo do Fed de São Francisco, continuou pressionando a taxa dos Treasuries.

De acordo com o documento, o mercado estaria mais dovish com relação à política monetária nos EUA do que os próprios membros da instituição.

Às 16h39, o rendimento das T-Notes de dez anos estava em 2,495%, ante 2,471% no final da tarde de ontem.

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