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Juros recuam com fraca atividade e cenário eleitoral

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do DI para janeiro de 2015 (348.540 contratos) marcava 10,82%, de 10,83% no ajuste anterior


	Bovespa: investidores continuaram monitorando o cenário político
 (BM&FBovespa/Divulgação)

Bovespa: investidores continuaram monitorando o cenário político (BM&FBovespa/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2014 às 17h23.

São Paulo - Em meio à fraqueza da atividade econômica, confirmada pelo IBC-Br de junho, à queda dos yields dos Treasuries e às especulações em torno da possibilidade de Marina Silva substituir Eduardo Campos (PSB) na corrida para o Palácio do Planalto, as taxas futuras de juros recuaram ao longo de toda a sessão, comportamento que foi aprofundado por desmontagem de posições por investidores comprados em taxa.

Esse mesmo movimento, por sinal, foi notado no dólar, que também caiu e ajudou na baixa dos juros.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do DI para janeiro de 2015 (348.540 contratos) marcava 10,82%, de 10,83% no ajuste anterior.

A taxa do DI para janeiro de 2016 (176.520 contratos) indicava mínima de 11,32%, de 11,40% na véspera.

O DI para janeiro de 2017 (326.710 contratos) apontava 11,45%, também mínima, de 11,60% no ajuste anterior.

E o DI para janeiro de 2021 (100.560 contratos) tinha taxa mínima de 11,63%, de 11,85% ontem.

Logo cedo, o mercado tomou conhecimento do IBC-Br de junho, que cedeu 1,48% em junho ante maio, na série com ajuste sazonal, ficando praticamente em linha com a mediana das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, de -1,50%.

Além disso, o IBC-Br recuou 1,20% no segundo trimestre deste ano ante os três meses imediatamente anteriores, com um resultado negativo maior que a mediana estimada, em -1,10%.

Na visão de economistas, o dado endossa a avaliação de que o PIB do segundo trimestre deve ficar negativo e com um possível status de recessão econômica para o Brasil, caso o IBGE revise para baixo o PIB do primeiro trimestre de 2014.

Ao mesmo tempo, os índices de inflação seguem comportados. Hoje, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) informou que o Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) de agosto caiu 0,55%, ante recuo de 0,56% em julho.

A queda foi maior que a prevista por analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE Projeções, que esperavam taxas negativas entre 0,50% e 0,28%.

Além disso, a coleta diária, da mesma FGV, mostrou que o IPCA no critério ponta segue fraco, em +0,01% ontem, com o grupo Alimentação e Bebidas ainda em deflação de 0,40%.

Os investidores também continuaram monitorando o cenário político, após a morte do candidato Eduardo Campos.

O Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, informou hoje à tarde que a cúpula do PSB visitou na manhã desta sexta-feira a candidata à vice-presidência Marina Silva.

Segundo analistas, o mercado trabalha com a possibilidade de Marina assumir a cabeça de chapa e concorrer à Presidência, o que aumenta consideravelmente as chances de segundo turno nas eleições.

A queda do dólar ante o real foi um fator adicional a pressionar os juros para baixo.

A moeda dos EUA negociada no balcão registrou baixa de 0,31%, a R$ 2,2640.

Na semana, a moeda norte-americana acumulou desvalorização de 0,92%. O yield do T-note de 10 anos cedia a 2,343% às 16h45, de 2,398% no fim da tarde de ontem.

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