São Paulo - A primeira reação dos juros futuros ao comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom), que não deu sinais sobre seus próximos passos em relação à condução da taxa Selic nos meses à frente, é de recuo tanto nas taxas curtas quanto nas mais longas.

Em decisão unânime, o Comitê elevou a taxa básica de juro em 0,25 ponto porcentual, para 11% ao ano, e disse que irá "monitorar a evolução do cenário macroeconômico até sua próxima reunião, para então definir os próximos passos na sua estratégia de política monetária."

Às 9h21, o DI para janeiro de 2015 tinha taxa de 11,03%, de 11,12% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2017 exibia taxa de 12,40%, de 12,48%. O DI para janeiro de 2021 estava em 12,73%, de 12,80% no ajuste de quarta-feira, 3.

Conforme apurou o Broadcast, serviço de informações da Agência Estado, junto ao mercado, o comunicado do BC mostra uma intenção de que está próximo do fim do ciclo de elevações da taxa básicselica e pode até mesmo tê-lo encerrado ontem. Analistas avaliam que mais elevações da Selic dependerão da trajetória da inflação ao longo dos próximos encontros do Copom.

Segundo apurou o Broadcast, o mercado de juros futuros também irá monitorar o leilão de títulos públicos que o Tesouro Nacional faz hoje e ainda o comportamento do dólar, uma vez que a autoridade monetária pode ser mais firme no câmbio, a fim de aliviar as pressões inflacionárias. Às 9h22, o dólar à vista no balcão subia 0,18%, a R$ 2,2760. O dólar futuro para maio tinha alta de 0,31%, a R$ 2,2920.