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Juros futuros sobem com resultado da produção industrial

O ajuste do dólar, em leve alta, contribui para o movimento das taxas, mas o rumo até o fim do dia depende de dados de emprego dos Estados Unidos


	Por volta das 10 horas, na BM&FBovespa, o contrato para janeiro de 2014 projetava taxa de 7,25%, na máxima, de 7,22% no ajuste de quinta-feira (31/01)
 (BM&FBovespa/Divulgação)

Por volta das 10 horas, na BM&FBovespa, o contrato para janeiro de 2014 projetava taxa de 7,25%, na máxima, de 7,22% no ajuste de quinta-feira (31/01) (BM&FBovespa/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

São Paulo - Os juros futuros iniciaram a sexta-feira em alta, em resposta à produção industrial de dezembro e do acumulado de 2012 no Brasil, que ficou acima da mediana das estimativas de instituições do mercado financeiro consultadas pelo AE Projeções.

O ajuste do dólar, em leve alta, contribui para o movimento das taxas. Mas o rumo até o fim do dia depende de dados de emprego dos Estados Unidos.

Em 2012, a produção da indústria brasileira acumulou queda de 2,7%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As projeções para esse número iam de recuo de 2,70% a 2,90%, com mediana negativa de 2,80%.

No mês de dezembro, a produção industrial teve crescimento zero em relação a novembro, na série com ajuste sazonal. O resultado ficou acima da mediana das expectativas dos analistas ouvidos pelo serviço especializado da Agência Estado (-0,40%). Na comparação com dezembro de 2011, a produção caiu 3,6%, também acima da mediana negativa de 4,70%.

"Para um mercado que se preparava para um resultado modesto ou até ruim da indústria, o de 0% em dezembro, estagnado, foi bem melhor que o previsto. Por isso, os juros futuros abriram em alta.


Além disso, há um ajuste no dólar", diz o economista-sênior do Besi Brasil, Flávio Serrano. "Mas o payroll no meio do dia pode confirmar ou mudar a trajetória", completa, referindo-se ao relatório oficial (payroll) sobre a criação de postos de trabalho nos Estados Unidos em janeiro.

Mais cedo, saiu a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) em janeiro, que ficou em 1,01%, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). A taxa representa aceleração ante o fechamento de dezembro, +0,66%, mas desaceleração ante a alta de 1,03% na quadrissemana anterior. O resultado ficou dentro do intervalo previsto por economistas consultados pelo AE Projeções, de +0,96% a +1,29%, e abaixo da mediana estimada, de +1,09%.

Por volta das 10 horas, na BM&FBovespa, o contrato para janeiro de 2014 projetava taxa de 7,25%, na máxima, de 7,22% no ajuste de quinta-feira (31/01); o DI para janeiro de 2015 marcava 7,99%, de 7,95% no ajuste da véspera; e o DI para janeiro de 2016 tinha taxa de 8,54%, de 8,51% no ajuste anterior.

Entre os vencimentos mais longos, o contrato com vencimento em janeiro de 2017 marcava 8,87%, de 8,85% de quinta-feira (31/01) e o contrato com vencimento em janeiro de 2021 apontava 9,57%, ante 9,58% na véspera. No mesmo horário, o dólar à vista no balcão subia 0,20%, a R$ 1,991.

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