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Juros futuros abrem em baixa com divulgação do Focus

O movimento, contudo, é contido pela espera por novos sinais do BC quanto à política monetária e também por declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega

Às 10h08, na BM&FBovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em julho de 2013 marcava 7,40%, ante 7,41% no ajuste da sexta-feira (Divulgação/Facebook/BM&FBovespa)
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Da Redação

Publicado em 22 de abril de 2013 às 11h10.

São Paulo - Os juros futuros iniciaram a semana de divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central com viés de baixa, em reação à revisão em queda na projeção do mercado financeiro para a Selic no fim de 2013, contida no boletim Focus, e dando prosseguimento a ajustes técnicos.

O movimento, contudo, é contido pela espera por novos sinais do BC quanto à política monetária e também por declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega.

"As curvas de juros futuros devem seguir o movimento dos últimos dias, em dia de agenda fraca, ainda reagindo à decisão do Copom da última quarta-feira", previu o Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco em nota a clientes.

O estrategista-chefe do banco WestLB, Luciano Rostagno, viu "tendência de retirada de prêmios". "O mercado deve continuar recuando na direção de um ciclo em torno de 100 pontos-base de alta da Selic nesta ano", disse, citando a revisão para baixo na expectativa para a Selic na Focus.

Para Rostagno, por outro lado, declarações do ministro da Fazenda "no sentido de tornar a política fiscal mais expansionista" exercem pressão. "Daria mais trabalho para o BC subir os juros básicos", afirmou.

Mantega disse, no fim de semana em Washington, continuar preocupado com o "mix da política macroeconômica" nos países mais avançados. "A política fiscal expansionista pode ser mais eficiente do que a política monetária como instrumento para reacender a demanda e a atividade", afirmou em discurso.


No boletim Focus, a mediana das projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2013 subiu de 5,68% para 5,70%. Em 2014, de 5,70% para 5,71%.

O IPCA para abril avançou de 0,42% para 0,44%, enquanto o para maio recuou de 0,32% para 0,31%. A projeção suavizada da inflação oficial 12 meses à frente teve alta de 5,42% para 5,53%. No Top 5, médio prazo, a mediana passou de 5,73% para 5,72% neste ano e seguiu em 6,05% no ano que vem.

A expectativa para o juro básico da economia em maio seguiu em 7,75% ao ano, o que indica alta de 0,25 ponto porcentual da Selic na próxima reunião do Copom (28 e 29).

A projeção para o fim de 2013 caiu de 8,5% para 8,25% e a projeção para o fim de 2014 seguiu em 8,5%. Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), as previsões de expansão seguiram em 3% para 2013 e 3,50% para 2014.

Às 10h08, na BM&FBovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em julho de 2013 marcava 7,40%, ante 7,41% no ajuste da sexta-feira.

O contrato para janeiro de 2014 tinha taxa de 7,82%, na mínima, ante 7,87% no ajuste anterior, e o contrato para janeiro de 2015 apontava 8,30%, ante 8,35%. Entre os contratos com vencimento no longo prazo, o DI para janeiro de 2017 marcava 8,93%, ante 8,96%.

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O movimento, contudo, é contido pela espera por novos sinais do BC quanto à política monetária e também por declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega.

"As curvas de juros futuros devem seguir o movimento dos últimos dias, em dia de agenda fraca, ainda reagindo à decisão do Copom da última quarta-feira", previu o Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco em nota a clientes.

O estrategista-chefe do banco WestLB, Luciano Rostagno, viu "tendência de retirada de prêmios". "O mercado deve continuar recuando na direção de um ciclo em torno de 100 pontos-base de alta da Selic nesta ano", disse, citando a revisão para baixo na expectativa para a Selic na Focus.

Para Rostagno, por outro lado, declarações do ministro da Fazenda "no sentido de tornar a política fiscal mais expansionista" exercem pressão. "Daria mais trabalho para o BC subir os juros básicos", afirmou.

Mantega disse, no fim de semana em Washington, continuar preocupado com o "mix da política macroeconômica" nos países mais avançados. "A política fiscal expansionista pode ser mais eficiente do que a política monetária como instrumento para reacender a demanda e a atividade", afirmou em discurso.


No boletim Focus, a mediana das projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2013 subiu de 5,68% para 5,70%. Em 2014, de 5,70% para 5,71%.

O IPCA para abril avançou de 0,42% para 0,44%, enquanto o para maio recuou de 0,32% para 0,31%. A projeção suavizada da inflação oficial 12 meses à frente teve alta de 5,42% para 5,53%. No Top 5, médio prazo, a mediana passou de 5,73% para 5,72% neste ano e seguiu em 6,05% no ano que vem.

A expectativa para o juro básico da economia em maio seguiu em 7,75% ao ano, o que indica alta de 0,25 ponto porcentual da Selic na próxima reunião do Copom (28 e 29).

A projeção para o fim de 2013 caiu de 8,5% para 8,25% e a projeção para o fim de 2014 seguiu em 8,5%. Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), as previsões de expansão seguiram em 3% para 2013 e 3,50% para 2014.

Às 10h08, na BM&FBovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em julho de 2013 marcava 7,40%, ante 7,41% no ajuste da sexta-feira.

O contrato para janeiro de 2014 tinha taxa de 7,82%, na mínima, ante 7,87% no ajuste anterior, e o contrato para janeiro de 2015 apontava 8,30%, ante 8,35%. Entre os contratos com vencimento no longo prazo, o DI para janeiro de 2017 marcava 8,93%, ante 8,96%.

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