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Juros fecham perto da estabilidade com queda do dólar

À tarde, com a aceleração da queda da moeda dos Estados Unidos, o avanço dos juros perdeu intensidade


	Depois de atingir na sexta-feira, 31, o maior patamar desde maio de 2009, o dólar à vista caiu 0,88% nesta sessão, em linha com o exterior, e finalizou cotado a R$ 2,1280
 (Stock.xchng)

Depois de atingir na sexta-feira, 31, o maior patamar desde maio de 2009, o dólar à vista caiu 0,88% nesta sessão, em linha com o exterior, e finalizou cotado a R$ 2,1280 (Stock.xchng)

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Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2013 às 17h05.

São Paulo - As taxas futuras de juros terminaram a segunda-feira, 3, muito perto dos ajustes, depois de oscilarem em alta na maior parte do dia. Além da reação à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a Selic em 0,50 ponto porcentual, para 8% ao ano, contribuíram para o avanço das taxas, ao longo do pregão, o patamar do dólar e declarações do presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, de que "o repasse da alta do dólar para a economia brasileira é limitado e caiu ao longo do tempo".

À tarde, com a aceleração da queda da moeda dos Estados Unidos, o avanço dos juros perdeu intensidade.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, o contrato de DI com vencimento em outubro de 2013 (121.220 transações) marcava 8,16%, de 8,14% no ajuste anterior. O DI com vencimento em janeiro de 2014 (497.365 contratos) apontava 8,45%, ante 8,43% na sexta-feira, 31. O juro com vencimento em janeiro de 2015 (465.455 contratos) indicava 9,00%, ante 8,94%. Entre os longos, o contrato com vencimento em janeiro de 2017 (247.940 contratos) marcava 9,75%, igual à sexta-feira, e o DI para janeiro de 2021 (13.850 contratos) estava em 10,39%, ante 10,40% no ajuste anterior.

Depois de atingir na sexta-feira, 31, o maior patamar desde maio de 2009, o dólar à vista caiu 0,88% nesta sessão, em linha com o exterior, e finalizou cotado a R$ 2,1280. Vale destacar que fontes consultadas pela reportagem apontaram que o repasse cambial (pass-through) representa em torno de 0,50 ponto porcentual sobre a inflação. Um repasse dessa intensidade seria suficiente para manter o IPCA (indicador oficial da inflação) na casa de 6,50%, perto do teto da meta do governo.

Pela manhã, as taxas longas chegaram a subir com mais intensidade, em movimento que esteve relacionado com declarações do presidente do Federal Reserve de São Francisco, John Williams, confirmando que está aberto à redução da política de compras de bônus do Fed nos próximos meses, desde que a economia continue mostrando um avanço significativo. Mas indicadores piores dos EUA tiraram um pouco do fôlego de alta dos juros dos treasuries e, por consequência, das taxas domésticas.

De volta ao âmbito doméstico, o boletim Focus trouxe alguns ajustes à recente decisão do Copom e ao fraco resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre. Os analistas ouvidos na pesquisa elevaram a mediana das projeções para o juro básico no fim de 2013, de 8,25% para 8,50% ao ano. Para o fim de 2014, a mediana das projeções seguiu em 8,50% anuais. A expectativa para o crescimento do PIB deste ano recuou para 2,77%, ante 2,93% no boletim Focus da semana anterior e, para 2014, caiu de 3,50% para 3,40%. Para a inflação medida pelo IPCA, a estimativa recuou de 5,81% para 5,80% em 2013 e permaneceu em 5,80% em 2014.

Ainda no que diz respeito à inflação, o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) confirmou expectativa de desaceleração ao subir 0,32% em maio, ante 0,52% em abril. A taxa do mês passado ficou ligeiramente abaixo da mediana das expectativas colhidas pelo AE Projeções, de 0,34%. As estimativas iam de alta de 0,30% a 0,41%.

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