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Juros fecham em queda, conduzidos por dólar

Segundo operadores das mesas de renda fixa, a "escassez de prêmios" resulta na expectativa de que um ajuste da economia doméstica virá pelo lado fiscal


	Bovespa: no fim da sessão, DI para janeiro de 2015 fechou com taxa de 10,78%
 (BM&FBovespa/Divulgação)

Bovespa: no fim da sessão, DI para janeiro de 2015 fechou com taxa de 10,78% (BM&FBovespa/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 28 de agosto de 2014 às 17h26.

São Paulo - A queda do dólar ante o real nesta quinta-feira, 28, fez com que as taxas de juros, que operaram próximas dos ajustes durante grande parte do dia, recuassem na reta final da sessão e terminassem em baixa. A rodada de indicadores domésticos não trouxe novidades no dia, mantendo o radar no front político.

A candidata a presidente da República Marina Silva (PSB) rebateu, em um mesmo discurso, seus dois principais adversários na campanha eleitoral, Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB).

Sem citar nomes, respondeu às afirmações de Aécio, que considerou temerário o governo de amadores e inexperientes, numa referência a Marina, e ainda de Dilma, que hoje afirmou que a distinção entre bons e maus pregada pela candidata do PSB é complicada e simplista.

"Muita gente no Brasil diz que não podemos ser governados por amadores do sonho. Ou apostam no sonho, ou vamos continuar nas mãos dos profissionais, dos que fazem escolhas incorretas", disse Marina em discurso na Feira Internacional de Tecnologia Sucroenergética (Fenasucro), em Sertãozinho (SP).

Segundo operadores das mesas de renda fixa, a "escassez de prêmios", que encolheu a diferença entre as taxas dos vencimentos de 2016, 2017 e 2021, resulta na expectativa de que um ajuste da economia doméstica virá pelo lado fiscal, "enxugando" as apostas de alta da taxa Selic em 2015.

O Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) para 2015 foi divulgado hoje, mas não provocou reações no mercado de juros.

O PLOA manteve a previsão de um crescimento de 3,0% do PIB em 2015. Já a meta de superávit ficará entre 2% e 2,5% do PIB, ao passo que a projeção para a alta do IPCA em 2015 seguiu em 5,0%.

No fim da sessão regular na BM&FBovespa, o DI para janeiro de 2015 (336.855 contratos) fechou com taxa de 10,78%, ante 10,82% no ajuste de ontem; a taxa do DI para janeiro de 2016 (160.325 contratos) terminou em 11,24%, de 11,29% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2017 (332.760 contratos) fechou com taxa de 11,26%, de 11,30% no ajuste da véspera; e o DI para janeiro de 2021 (158.540 contratos) terminou com taxa de 11,18%, de 11,22% no ajuste quarta-feira.

O dólar à vista fechou cotado a R$ 2,2430 (-0,44%) no balcão.

Essa foi a menor cotação de fechamento da moeda desde o dia 29 de julho.

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