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Dólar segura taxas curtas, mas longas sobem

O comportamento do dólar contribuiu para segurar os juros futuros curtos perto da estabilidade, enquanto os longos acompanharam a alta nos yields dos Treasuries


	Bovespa: ao término da sessão regular, taxa do DI para outubro de 2014 marcava 10,800%
 (BM&FBovespa/Divulgação)

Bovespa: ao término da sessão regular, taxa do DI para outubro de 2014 marcava 10,800% (BM&FBovespa/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 9 de junho de 2014 às 17h17.

São Paulo - Os juros curtos fecharam perto da estabilidade nesta segunda-feira, 9, pressionados pela desvalorização do dólar, mas as taxas longas avançaram, com um movimento de correção após as quedas recentes e acompanhando a alta nos yields dos Treasuries.

Ao término da sessão regular na BM&FBovespa, a taxa do DI para outubro de 2014 (14.485 contratos) marcava 10,800%, de 10,799% no ajuste de sexta-feira, 6.

O DI para janeiro de 2015 (44.765 contratos) indicava 10,80%, de 10,79% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2016 (87.645 contratos) indicava 11,25%, de 11,22% na sexta-feira.

Entre os vencimento mais longos, o DI para janeiro de 2017 (156.475 contratos) apontava 11,54%, de 11,52% no ajuste anterior.

E o DI para janeiro de 2021 (34.075 contratos) tinha taxa de 11,93%, ante 11,89% na sexta-feira.

Em Nova York, por volta das 16h45 o yield da T-note de 10 anos subia a 2,609%, de 2,595% no fim da tarde de sexta-feira.

O comportamento do dólar, que fechou em queda de 0,85%, contribuiu para segurar os juros futuros curtos perto da estabilidade, enquanto os longos acompanharam a alta nos yields dos Treasuries.

Enquanto isso, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) desacelerou para 0,46% na primeira quadrissemana de junho, segundo informou nesta segunda-feira a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O resultado ficou 0,06 ponto porcentual abaixo do registrado na quarta leitura de maio, quando o indicador apresentou variação positiva de 0,52%.

No noticiário local, a pesquisa Focus, do Banco Central, mostrou que o mercado reduziu a projeção para a expansão do PIB este ano de 1,50% para 1,44%, enquanto as previsões para o IPCA seguiram em 6,47%.

Já o banco Morgan Stanley reviu sua previsão para o PIB brasileiro este ano de 1,5% para 1,0%, citando o fraco desempenho da economia no primeiro trimestre e a queda na confiança.

Segundo operadores das mesas de renda fixa, o fato de o DI para janeiro de 2015 estar abaixo de 10,80%, atual patamar do CDI, sugere que começam a aparecer apostas de uma eventual redução dos juros básicos ainda neste ano.

Para eles, porém, o movimento ainda é incipiente, embora essa possibilidade possa ganhar força nos negócios no curto prazo.

"Surge uma nova discussão, em relação à extensão da pausa do BC e se a retomada do ciclo seria de queda da Selic", observa um dos profissionais, lembrando que "os mercados costumam se antecipar".

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