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Juros: DI longo sobe com sinais de ‘desaceleração branda’

Investidores apostam que a economia brasileira pode estar se desacelerando menos do que o necessário para o Banco Central ampliar o corte da taxa básica

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 14 de setembro de 2011 às 12h38.

São Paulo - Os juros nos mercados futuros sobem nos contratos mais longos, com apostas de que a economia brasileira pode estar se desacelerando menos do que o necessário para o Banco Central ampliar o corte da taxa básica.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro de janeiro de 2012 estava inalterada em 11,36 por cento, às 10:45, enquanto a taxa de janeiro de 2015 avançava 3 pontos, para 11,21 por cento.

O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, que será divulgado hoje pelo Ministério do Trabalho e Emprego, pode apontar que o País gerou 200.000 empregos com carteira assinada em agosto, segundo estimativa mediana de sete economistas consultados pela Bloomberg. Ontem, o governo disse que as vendas do varejo de julho tiveram a maior alta do ano.

“Os dados estão mostrado uma desaceleração mais branda da economia do que o BC tem sinalizado”, disse Daniel Ribeiro, economista do Credit Suisse Hedging-Griffo, que administra cerca de R$ 51 bilhões em investimentos, em entrevista por telefone de São Paulo. Para Ribeiro, a curva mais longa dos juros tem se inclinado diante do risco de a queda da Selic pelo Comitê de Política Monetária levar a um aumento futuro da inflação.

No exterior, as ações europeias sobem com investidores mantendo a aposta em ajuda da China mesmo após o premiê do país, Wen Jiabao, ter afirmado que primeiro os países devem pôr as “próprias casas” em ordem.

As taxas dos juros futuros subiram em praticamente todos os contratos com negócios ontem, após os dados de vendas do varejo terem ficado acima do esperado.

Atividade econômica

Hoje também será divulgado o Índice de Atividade Econômica do BC, que deve mostrar aceleração para 0,5 por cento em julho, após queda de 0,26 por cento em junho, segundo previsão dos economistas para o dado que sai hoje às 12:30.

O presidente do BC, Alexandre Tombini, disse ao jornal Brasil Econômico que a atividade no Brasil pode ser sustentada pela demanda doméstica, apesar de a crise europeia poder afetar o crescimento do País.

“No entanto, temos um mercado doméstico forte, que é um importante fator de sustentação da atividade, e que vem se ampliando, dada a redução da pobreza, da desigualdade e o crescimento da classe média”, disse Tombini, segundo o jornal. Ele disse também que a Copa de 2014 e Olimpíada de 2016 impulsionarão a economia, de acordo com o jornal.

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