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Juros: DI curto cai após Copom, contratos longos sobem

Contratos com vencimento em janeiro de 2013 avançavam 4 pontos, para 12,75%, às 9h51

Tombini, presidente do BC: Copom iniciou na quarta-feira (19/01) o ajuste dos juros (Antônio Cruz/AGÊNCIA BRASIL)

Tombini, presidente do BC: Copom iniciou na quarta-feira (19/01) o ajuste dos juros (Antônio Cruz/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 20 de janeiro de 2011 às 10h23.

São Paulo - Os juros nos mercados futuros recuam nos contratos de março de 2011 a abril de 2012, ajustando-se à elevação da taxa básica em 0,50 ponto percentual na primeira reunião do Comitê de Política Monetária sob o comando do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. Uma parte do mercado apostava em alta maior, embora a decisão tenha vindo em linha com a previsão da maioria dos economistas.

O Depósito Interfinanceiro com mais contratos abertos, de janeiro de 2012, caía 5 pontos-base às 9h51, para 12,37 por cento, na primeira baixa após seis altas consecutivas. O vencimento de janeiro de 2013 avançava 4 pontos, para 12,75 por cento.

“Parte do mercado esperava mais de 0,50 ponto de alta e por isto os contratos mais curtos estão reagindo”, disse Vladimir Caramaschi, estrategista-chefe do Crédit Agricole Brasil SA DTVM, em entrevista por telefone de São Paulo hoje.

O BC disse no comunicado da reunião encerrada ontem à noite que iniciou um “processo de ajuste” dos juros que, somado às “ações macroprudenciais”, ajudará a conter a inflação. “O comunicado deixou dúvidas sobre qual o tempo desejado pelo BC para a convergência da inflação”, disse Caramaschi.

Em decisão unânime, o Copom aumentou a Selic para 11,25 por cento, na primeira alta em seis meses, após o mercado elevar as projeções para a inflação em 2011 para quase 1 ponto percentual acima do centro da meta, de 4,5 por cento.

Para evitar uma “bolha de crédito” e ajudar no combate à alta dos preços, o BC elevou o compulsório dos bancos em 3 de dezembro do ano passado, retirando R$ 61 bilhões da economia.

Ontem os juros futuros ficaram divididos entre antes e a partir de 2012, subindo nos vencimentos até janeiro do próximo ano e caindo nos contratos seguintes, enquanto o mercado aguardava a decisão sobre a Selic.

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