Mercados

Juros da dívida lusa cai ao nível mais baixo desde setembro

Os mercados reagiram hoje de forma positiva à ajuda financeira concedida pela União Europeia à Espanha para a recapitalização de seu sistema bancário

Os títulos portugueses a dez anos, o prazo utilizado habitualmente como referência, ficaram em 10,98%, um décimo a menos do que no fechamento desta sexta-feira (Louisa Gouliamaki/AFP)

Os títulos portugueses a dez anos, o prazo utilizado habitualmente como referência, ficaram em 10,98%, um décimo a menos do que no fechamento desta sexta-feira (Louisa Gouliamaki/AFP)

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Da Redação

Publicado em 11 de junho de 2012 às 08h55.

Lisboa - Os juros da dívida soberana a dez anos de Portugal caíram nesta segunda-feira para índices abaixo de 11%, o nível mais baixo deste setembro de 2011, o que confirma a tendência observada nas últimas semanas.

Os mercados reagiram hoje de forma positiva à ajuda financeira concedida pela União Europeia à Espanha para a recapitalização de seu sistema bancário, anunciada no sábado passado, com altas generalizadas nas bolsas e menor pressão dos investidores sobre a dívida soberana.

Neste contexto, os títulos portugueses a dez anos, o prazo utilizado habitualmente como referência, ficaram em 10,98%, um décimo a menos do que no fechamento desta sexta-feira no mercado secundário, onde se compram e vendem as obrigações adquiridas em leilões públicos.

Desta forma, o diferencial em relação ao bônus alemão com este mesmo prazo -ou seja, o prêmio de risco- ficou em 958 pontos básicos.

A extrema volatilidade das obrigações lusas deu lugar à estabilidade desde o mês de janeiro, quando elas alcançaram seu valor recorde ao superar 17% de juros.

Desde então, os títulos do país oscilaram entre uma rentabilidade de 11% e 12%, afastados do foco dos mercados, centrado nestes últimos meses sobre a Espanha e Itália.

Os juros da dívida lusa a cinco anos também caíram e ficaram em 12,3%, e a dois anos, em 9,3%.

Apesar dos juros menores, a pressão dos investidores sobre a dívida portuguesa é ainda alta na opinião da maioria de analistas, que utilizam os valores do mercado secundário como referência. 

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