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Juros caem por correção e fala do governo sobre gás

Após movimento de correção, taxas reduziram queda como reflexo do anúncio do programa de estímulod do Fed


	Interior do prédio da Bovespa, a bolsa brasileira: mercado teve sessão com baixo movimento após empresas zerarem posições vendidas, afirmou um operador
 (Divulgação/Facebook/BM&FBovespa)

Interior do prédio da Bovespa, a bolsa brasileira: mercado teve sessão com baixo movimento após empresas zerarem posições vendidas, afirmou um operador (Divulgação/Facebook/BM&FBovespa)

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Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2012 às 16h10.

O mercado de juros futuros passou por um movimento de correção nesta quarta-feira, após as altas nas últimas três sessões. Em um dia de agenda esvaziada de indicadores, as taxas também refletiram declarações do governo sobre possíveis medidas para reduzir os preços do gás, a exemplo do esforço que empreendeu no setor de energia.

Na hora final dos negócios, os juros reduziram discretamente o sinal de queda, após o término da reunião do Federal Reserve (Fed). O banco central dos Estados Unidos deixou o juro inalterado e informou que irá comprar US$ 45 bilhões em Treasuries após o fim da Operação Twist e que adotará gatilhos numéricos para a condução da política monetária.

Assim, a taxa do contrato para julho de 2013 (19.490 contratos) cedia para a mínima de 7,03%, de 7,05% no ajuste anterior. O juro para outubro de 2013 (3.260 contratos) marcava 7,05%, de 7,08% na terça-feira. O contrato futuro de juros com vencimento em janeiro de 2014 (318.015 contratos) apontava 7,08%, ante 7,10% na véspera.

O contrato para janeiro de 2015 (120.445 contratos) estava em 7,60%, de 7,65% no fechamento anterior. Na ponta mais longa, o DI para janeiro de 2017 (109.210 contratos) indicava 8,48%, ante 8,55% na segunda-feira, enquanto o DI para janeiro de 2021 (6.630 contratos) recuava para 9,23%, ante 9,28% no ajuste.

"O mercado de juros está um pouco mais leve e com movimento baixo hoje, depois que empresas e bancos quase zeraram boa parte das posições vendidas que tinham tomado após o PIB e a ata. Então, corrige um pouco da alta dos últimos dias", afirmou um operador.


Além do movimento técnico, declarações de autoridades da equipe econômica ajudaram a manter o viés baixista. Em Paris, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, afirmou que "o mesmo esforço da energia será usado para reduzir o preço do gás". Pouco depois, foi a vez de o ministro da Fazenda, Guido Mantega, tocar no assunto. Segundo ele, "temos de encontrar uma solução para reduzir o custo do gás de alguma maneira".

No exterior, a decisão do Fed foi bem-recebida e estimulou a alta dos mercados. A autoridade monetária norte-americana afirmou que manterá as compras de US$ 40 bilhões por mês em bônus hipotecários. Além disso, ao que tudo indica, os juros básicos de zero a 0,25% serão mantidos por um bom tempo.

O apetite por risco também foi alimentado pela notícia de que a Grécia concluiu seu programa de recompra de bônus. Com isso, o comitê de Orçamento do Parlamento da Alemanha aprovou mais cedo a liberação da próxima parcela da ajuda internacional para Grécia.

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