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Juros caem devido a piora externa e correções técnicas

Piora dos mercados internacionais pesou sobre os contratos a despeito de dados positivos do varejo

Negociações sobre o abismo fiscal nos EUA voltaram a se refletir negativamente sobre o mercado de juros na sessão desta quinta-feira (©AFP / Yasuyoshi Chiba)
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Da Redação

Publicado em 13 de dezembro de 2012 às 16h30.

São Paulo - O mercado de juros voltou a cair nesta quinta-feira. A piora externa durante a tarde, devido às preocupações com a questão do abismo fiscal nos Estados Unidos, e correções técnicas aceleraram o recuo das taxas futuras. Esses fatores se sobrepuseram ao resultado positivo das vendas varejistas em outubro. Mesmo porque, o número foi puxado pelo setor de veículos, que pode ter tido uma antecipação de demanda.

Ao término da negociação normal na BM&F, a taxa do contrato para julho de 2013 (50.515 contratos) marcava 7,03%, nivelado ao ajuste anterior. O juro para outubro de 2013 (2.690 contratos) marcava mínima de 7,03%, de 7,05% na quarta-feira. O contrato futuro de juros com vencimento em janeiro de 2014 (216.845 contratos) apontava 7,06%, ante 7,08% na véspera.

O contrato para janeiro de 2015 (101.245 contratos) estava em 7,56%, de 7,60% no fechamento anterior. Na ponta mais longa, o DI para janeiro de 2017 (115.775 contratos) indicava 8,41%, ante 8,48%, enquanto o DI para janeiro de 2021 (6.935 contratos) recuava para 9,13%, ante 9,23% no ajuste anterior.

"Na medida em que os mercados internacionais pioraram, as taxas de juros passaram a cair com mais força", ponderou um operador. "Além disso, quando os investidores se deram conta de que a surpresa positiva com o varejo ampliado se deu por conta, principalmente, de veículos, devolveram um pouco das taxas que tinham tomado logo após a divulgação do número cheio", continuou a mesma fonte. "O mercado ainda tenta encontrar um equilíbrio para a curva, o que gera essa volatilidade. Depois de subir por três sessões, a correção continua", disse outro operador.


Logo cedo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que as vendas varejistas no conceito restrito, em outubro ante setembro, cresceram 0,8%, em linha com a mediana das estimativas coletadas pelo AE Projeções. No conceito ampliado, houve avanço de 8% na margem, acima do teto das projeções (7,7%). As vendas de veículos e motos, partes e peças aumentaram 13,3% na passagem de setembro para outubro, após terem recuado 23,4% na leitura anterior.

O exterior ruim ajudou a determinar o movimento de baixa das taxas futuras. Desde cedo, os mercados mostravam cautela em relação à condução das conversas em torno do abismo fiscal nos EUA. No meio da tarde, o presidente da Câmara dos Representantes, o republicano John Boehner, voltou a dizer que o presidente norte-americano, Barack Obama, não está levando a sério os cortes nos gastos do governo.

Tanto Boehner quanto a líder dos democratas na Câmara, Nancy Pelosi, alertaram que o tempo para se alcançar um acordo está chegando ao fim. Falando em diferentes entrevistas à imprensa, nenhum dos dois líderes sugeriu um caminho claro para as negociações.

Essa questão se sobrepôs, inclusive, às boas notícias vindas da Europa. O presidente do grupo de ministros das Finanças da zona do euro (Eurogrupo), Jean-Claude Juncker, anunciou a aprovação final para o desembolso de uma parcela de 49,1 bilhões de euros à Grécia, como parte do segundo pacote de resgate de Atenas. Também no Velho Continente, os ministros das Finanças da União Europeia chegaram a um acordo para criar um supervisor bancário único, destinado à maioria das instituições financeiras da zona do euro, sob supervisão do Banco Central Europeu (BCE).

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São Paulo - O mercado de juros voltou a cair nesta quinta-feira. A piora externa durante a tarde, devido às preocupações com a questão do abismo fiscal nos Estados Unidos, e correções técnicas aceleraram o recuo das taxas futuras. Esses fatores se sobrepuseram ao resultado positivo das vendas varejistas em outubro. Mesmo porque, o número foi puxado pelo setor de veículos, que pode ter tido uma antecipação de demanda.

Ao término da negociação normal na BM&F, a taxa do contrato para julho de 2013 (50.515 contratos) marcava 7,03%, nivelado ao ajuste anterior. O juro para outubro de 2013 (2.690 contratos) marcava mínima de 7,03%, de 7,05% na quarta-feira. O contrato futuro de juros com vencimento em janeiro de 2014 (216.845 contratos) apontava 7,06%, ante 7,08% na véspera.

O contrato para janeiro de 2015 (101.245 contratos) estava em 7,56%, de 7,60% no fechamento anterior. Na ponta mais longa, o DI para janeiro de 2017 (115.775 contratos) indicava 8,41%, ante 8,48%, enquanto o DI para janeiro de 2021 (6.935 contratos) recuava para 9,13%, ante 9,23% no ajuste anterior.

"Na medida em que os mercados internacionais pioraram, as taxas de juros passaram a cair com mais força", ponderou um operador. "Além disso, quando os investidores se deram conta de que a surpresa positiva com o varejo ampliado se deu por conta, principalmente, de veículos, devolveram um pouco das taxas que tinham tomado logo após a divulgação do número cheio", continuou a mesma fonte. "O mercado ainda tenta encontrar um equilíbrio para a curva, o que gera essa volatilidade. Depois de subir por três sessões, a correção continua", disse outro operador.


Logo cedo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que as vendas varejistas no conceito restrito, em outubro ante setembro, cresceram 0,8%, em linha com a mediana das estimativas coletadas pelo AE Projeções. No conceito ampliado, houve avanço de 8% na margem, acima do teto das projeções (7,7%). As vendas de veículos e motos, partes e peças aumentaram 13,3% na passagem de setembro para outubro, após terem recuado 23,4% na leitura anterior.

O exterior ruim ajudou a determinar o movimento de baixa das taxas futuras. Desde cedo, os mercados mostravam cautela em relação à condução das conversas em torno do abismo fiscal nos EUA. No meio da tarde, o presidente da Câmara dos Representantes, o republicano John Boehner, voltou a dizer que o presidente norte-americano, Barack Obama, não está levando a sério os cortes nos gastos do governo.

Tanto Boehner quanto a líder dos democratas na Câmara, Nancy Pelosi, alertaram que o tempo para se alcançar um acordo está chegando ao fim. Falando em diferentes entrevistas à imprensa, nenhum dos dois líderes sugeriu um caminho claro para as negociações.

Essa questão se sobrepôs, inclusive, às boas notícias vindas da Europa. O presidente do grupo de ministros das Finanças da zona do euro (Eurogrupo), Jean-Claude Juncker, anunciou a aprovação final para o desembolso de uma parcela de 49,1 bilhões de euros à Grécia, como parte do segundo pacote de resgate de Atenas. Também no Velho Continente, os ministros das Finanças da União Europeia chegaram a um acordo para criar um supervisor bancário único, destinado à maioria das instituições financeiras da zona do euro, sob supervisão do Banco Central Europeu (BCE).

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