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Juros caem com ata do Copom e queda do dólar

No fim da sessão regular na BM&FBovespa, o DI para janeiro de 2015 tinha taxa de 10,81% (414.990 contratos), de 10,84% ontem


	Bovespa: taxa do DI para janeiro de 2016 encerrou em 11,32%, de 11,44% no ajuste de ontem
 (BM&FBovespa/Divulgação)

Bovespa: taxa do DI para janeiro de 2016 encerrou em 11,32%, de 11,44% no ajuste de ontem (BM&FBovespa/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 5 de junho de 2014 às 17h06.

São Paulo - As taxas de juros terminaram em baixa nesta quinta-feira, 05, depois de a ata da reunião de política monetária do Copom eliminar as expectativas de que o ciclo de alta da Selic poderia ser retomado ainda neste ano.

O recuo das taxas também foi ajudado pela queda do dólar, que foi resultado de um ajuste à sequência dos ganhos recentes e do anúncio de novas medidas de estímulo monetário do Banco Central Europeu (BCE).

No fim da sessão regular na BM&FBovespa, o DI para janeiro de 2015 tinha taxa de 10,81% (414.990 contratos), de 10,84% ontem.

A taxa do DI para janeiro de 2016 encerrou em 11,32% (231.785 contratos), de 11,44% no ajuste de ontem.

O contrato para janeiro de 2017 projetava taxa de 11,64% (361.710 contratos), ante 11,78% no ajuste da véspera; e o DI para janeiro de 2021 mostrava taxa de 12,12% (39.055 contratos), de 12,21% antes.

Apesar de indicar na ata de sua última reunião de política monetária que a inflação ainda mostra resistência no país, o BC retirou avaliação de que o IPCA tem se mostrado "ligeiramente acima daquele que se antecipa".

O BC também excluiu trecho que apontava que os efeitos das ações de política monetária eram cumulativos e se manifestam com defasagens, trocando por outro em que fala que "os efeitos da elevação da taxa Selic sobre a inflação, em parte, ainda estão por se materializar".

Além disso, o BC mostrou mais preocupação com a atividade, ao dizer que "o ritmo de expansão da atividade doméstica tende a ser menos intenso este ano em comparação ao de 2013" e, principalmente, que "as taxas de expansão da absorção interna têm sido maiores do que as do PIB, mas que tendem a se aproximar".

A avaliação geral do mercado foi a de que as mudanças no texto do Banco Central indicam que o ciclo de alta da taxa básica de juros, a Selic, não deverá ser retomado pelo menos neste ano.

Segundo a economista do Banco Santander Fernanda Consorte, o documento veio com um conteúdo mais 'dovish' do que o da ata passada, como não poderia deixar de ser, já que o Copom interrompeu uma trajetória de alta da Selic que vinha desde abril do ano passado.

"Mas o que chama a atenção é o BC colocar a culpa na atividade econômica", disse a economista.

Outro ponto que Fernanda destaca na sua leitura da ata é ênfase que o BC dá para a defasagem temporal com que as ações de política monetária chegam à economia.

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