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Juro futuro cai por dólar em baixa e inflação comportada

Contribuiu ainda para o movimento a queda dos juros dos títulos da dívida do Tesouro dos Estados Unidos, os chamados Treasuries

Reunião do Copom: continuam intactas as apostas em 0,5 ponto porcentual de alta para a Selic, referência do juro brasileiro (Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de agosto de 2013 às 17h07.

São Paulo - A queda do dólar, o leilão de venda de títulos prefixados feito pelo Tesouro Nacional e dois indicadores de inflação em linha com o esperado determinaram baixa no mercado de juros futuros nesta quinta-feira.

Contribuiu ainda para o movimento a queda dos juros dos títulos da dívida do Tesouro dos Estados Unidos, os chamados Treasuries. De qualquer forma, continuam intactas as apostas em 0,5 ponto porcentual de alta para a Selic, referência do juro brasileiro, na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), no fim deste mês.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro janeiro de 2014 (146.915 contratos) marcava mínima de 8,87%, de 8,89% no ajuste anterior. O vencimento para janeiro de 2015 (357.015 contratos) indicava taxa de 9,63%, de 9,66% na véspera. Na ponta mais longa, o contrato para janeiro de 2017 (230.260 contratos) apontava 10,82%, ante 10,87%. O DI para janeiro de 2021 (10.890 contratos) estava em 11,25%, de 11,27%.

"O dia foi mais calmo. Não havia muitos indicadores na agenda e os que tivemos não trouxeram surpresas. Como o dólar caiu de forma razoável, o viés de baixa para os juros veio naturalmente", afirmou um operador. Outra fonte citou que o leilão de prefixados (LTN e NTN-F) do Tesouro também influenciou as taxas futuras em baixa, uma vez que a operação criou condições para os investidores fazerem ajustes de posições.

O dólar trouxe importante alívio para os juros, ao cair 1,13% no mercado à vista de balcão, cotado a R$ 2,284.

Entre os indicadores conhecidos, a inflação medida pela primeira prévia do IGP-M de agosto, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), confirmou o arrefecimento, ao ficar em 0,13%, em linha com a mediana dos analistas ouvidos pelo AE Projeções (0,12%) e abaixo da taxa da primeira leitura de julho (0,26%). A FGV também informou que o IPC-S caiu 0,02% na primeira leitura deste mês, de -0,17% na leitura anterior.

Enquanto isso, a atividade segue em ritmo lento. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria (Nuci) ficou em 82,2% em junho, igual a maio, conforme a Confederação Nacional da Indústria (CNI). O economista-chefe da entidade, Flávio Castelo Branco, afirmou que a tendência é que o desempenho da indústria neste segundo semestre seja "moderadamente melhor" do que no primeiro. A previsão da CNI é de uma expansão de 1% este ano em relação a 2012.

No exterior, o número de trabalhadores norte-americanos que entraram pela primeira vez com pedido de auxílio-desemprego subiu para 333 mil na semana até 3 de agosto, com ajuste, pouco menos que o esperado (335 mil solicitações).

E, apesar de o dirigente do Federal Reserve, Richard Fisher, ter voltado a defender a redução dos estímulos em setembro, os mercados não se abalaram e os juros dos Treasuries seguiram em queda.

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São Paulo - A queda do dólar, o leilão de venda de títulos prefixados feito pelo Tesouro Nacional e dois indicadores de inflação em linha com o esperado determinaram baixa no mercado de juros futuros nesta quinta-feira.

Contribuiu ainda para o movimento a queda dos juros dos títulos da dívida do Tesouro dos Estados Unidos, os chamados Treasuries. De qualquer forma, continuam intactas as apostas em 0,5 ponto porcentual de alta para a Selic, referência do juro brasileiro, na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), no fim deste mês.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro janeiro de 2014 (146.915 contratos) marcava mínima de 8,87%, de 8,89% no ajuste anterior. O vencimento para janeiro de 2015 (357.015 contratos) indicava taxa de 9,63%, de 9,66% na véspera. Na ponta mais longa, o contrato para janeiro de 2017 (230.260 contratos) apontava 10,82%, ante 10,87%. O DI para janeiro de 2021 (10.890 contratos) estava em 11,25%, de 11,27%.

"O dia foi mais calmo. Não havia muitos indicadores na agenda e os que tivemos não trouxeram surpresas. Como o dólar caiu de forma razoável, o viés de baixa para os juros veio naturalmente", afirmou um operador. Outra fonte citou que o leilão de prefixados (LTN e NTN-F) do Tesouro também influenciou as taxas futuras em baixa, uma vez que a operação criou condições para os investidores fazerem ajustes de posições.

O dólar trouxe importante alívio para os juros, ao cair 1,13% no mercado à vista de balcão, cotado a R$ 2,284.

Entre os indicadores conhecidos, a inflação medida pela primeira prévia do IGP-M de agosto, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), confirmou o arrefecimento, ao ficar em 0,13%, em linha com a mediana dos analistas ouvidos pelo AE Projeções (0,12%) e abaixo da taxa da primeira leitura de julho (0,26%). A FGV também informou que o IPC-S caiu 0,02% na primeira leitura deste mês, de -0,17% na leitura anterior.

Enquanto isso, a atividade segue em ritmo lento. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria (Nuci) ficou em 82,2% em junho, igual a maio, conforme a Confederação Nacional da Indústria (CNI). O economista-chefe da entidade, Flávio Castelo Branco, afirmou que a tendência é que o desempenho da indústria neste segundo semestre seja "moderadamente melhor" do que no primeiro. A previsão da CNI é de uma expansão de 1% este ano em relação a 2012.

No exterior, o número de trabalhadores norte-americanos que entraram pela primeira vez com pedido de auxílio-desemprego subiu para 333 mil na semana até 3 de agosto, com ajuste, pouco menos que o esperado (335 mil solicitações).

E, apesar de o dirigente do Federal Reserve, Richard Fisher, ter voltado a defender a redução dos estímulos em setembro, os mercados não se abalaram e os juros dos Treasuries seguiram em queda.

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