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Juro curto cai com corte de gasto e dados industriais fracos

No fim do pregão regular na B&MF Bovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em abril de 2015 fechou com taxa de 12,190%

Bovespa: DIs com vencimento mais longo reduziram alta e fecharam muito perto da estabilidade (Germano Lüders/EXAME)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de janeiro de 2015 às 16h04.

São Paulo - O anúncio do corte de gastos pelo governo e dados da atividade industrial mais fracos que o esperado pressionaram as taxas de juros para baixo, principalmente as de prazo curto e intermediário.

No vértice mais longo da curva, as taxas terminaram a sessão estáveis, passado o efeito do leilão do Tesouro, que mais cedo, junto com o avanço dos Treasuries, tinha impulsionado esses contratos para cima.

No fim do pregão regular na B&MF Bovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em abril de 2015 (156.070 contratos) fechou com taxa de 12,190%, de 12,215% no ajuste de ontem.

O DI para janeiro de 2016 (97.150 contratos) projetava 12,72%, ante 12,74% no ajuste anterior.

O DI para janeiro de 2017 (201.310 contratos) tinha taxa de 12,59%, ante 12,61%. No trecho mais longo, o DI para janeiro de 2021 (135.690 contratos) indicava 12,21%, de 12,18%.

Antes da abertura dos negócios, decreto publicado na edição de hoje do Diário Oficial da União mostrou que o governo federal reduziu a 1/18 (um dezoito avos), de 1/12 (um doze avos), o montante de gastos que estão autorizados, por lei, a ministérios e secretarias antes da aprovação do Orçamento de 2015 pelo Congresso Nacional.

A intenção é reforçar o esforço para o cumprimento da meta fiscal de R$ 66,3 bilhões deste ano, ou de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB).

O valor corresponde a um total de R$ 3,775 bilhões, representando um bloqueio mensal de R$ 1,9 bilhão.

O mercado recebeu bem a notícia, que já tinha sido antecipada pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, há dois dias, embora alguns analistas tenham demonstrados dúvidas se o limite de gastos será realmente efetivo.

A percepção gerada, no entanto, foi de que o anúncio ajuda a resgatar a credibilidade do mercado na intenção do governo de cumprir suas metas fiscais.

O anúncio provocou queda das taxas de juros no início da sessão.

Os contratos mais longos se recuperaram mais tarde e passaram a subir, ajudados pelo avanço dos Treasuries e pelas condições do primeiro leilão do Tesouro neste ano.

Passado o efeito da oferta de títulos públicos, vendida em sua quase totalidade, os DIs com vencimento mais longo reduziram a alta e fecharam muito perto da estabilidade.

Já as taxas de prazo mais curto se mantiveram em baixa por toda a sessão, refletindo também dados da produção industrial abaixo do esperado.

A atividade caiu 0,7% em novembro ante outubro, pior que o piso das estimativas, de -0,60%.

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São Paulo - O anúncio do corte de gastos pelo governo e dados da atividade industrial mais fracos que o esperado pressionaram as taxas de juros para baixo, principalmente as de prazo curto e intermediário.

No vértice mais longo da curva, as taxas terminaram a sessão estáveis, passado o efeito do leilão do Tesouro, que mais cedo, junto com o avanço dos Treasuries, tinha impulsionado esses contratos para cima.

No fim do pregão regular na B&MF Bovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em abril de 2015 (156.070 contratos) fechou com taxa de 12,190%, de 12,215% no ajuste de ontem.

O DI para janeiro de 2016 (97.150 contratos) projetava 12,72%, ante 12,74% no ajuste anterior.

O DI para janeiro de 2017 (201.310 contratos) tinha taxa de 12,59%, ante 12,61%. No trecho mais longo, o DI para janeiro de 2021 (135.690 contratos) indicava 12,21%, de 12,18%.

Antes da abertura dos negócios, decreto publicado na edição de hoje do Diário Oficial da União mostrou que o governo federal reduziu a 1/18 (um dezoito avos), de 1/12 (um doze avos), o montante de gastos que estão autorizados, por lei, a ministérios e secretarias antes da aprovação do Orçamento de 2015 pelo Congresso Nacional.

A intenção é reforçar o esforço para o cumprimento da meta fiscal de R$ 66,3 bilhões deste ano, ou de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB).

O valor corresponde a um total de R$ 3,775 bilhões, representando um bloqueio mensal de R$ 1,9 bilhão.

O mercado recebeu bem a notícia, que já tinha sido antecipada pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, há dois dias, embora alguns analistas tenham demonstrados dúvidas se o limite de gastos será realmente efetivo.

A percepção gerada, no entanto, foi de que o anúncio ajuda a resgatar a credibilidade do mercado na intenção do governo de cumprir suas metas fiscais.

O anúncio provocou queda das taxas de juros no início da sessão.

Os contratos mais longos se recuperaram mais tarde e passaram a subir, ajudados pelo avanço dos Treasuries e pelas condições do primeiro leilão do Tesouro neste ano.

Passado o efeito da oferta de títulos públicos, vendida em sua quase totalidade, os DIs com vencimento mais longo reduziram a alta e fecharam muito perto da estabilidade.

Já as taxas de prazo mais curto se mantiveram em baixa por toda a sessão, refletindo também dados da produção industrial abaixo do esperado.

A atividade caiu 0,7% em novembro ante outubro, pior que o piso das estimativas, de -0,60%.

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