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Itaú vê ON de Bradesco e BR Properties perto do Ibovespa

Analistas veem com grandes chances as ações ordinárias das empresas na nova carteira teórica do Índice Bovespa


	Agência do Bradesco: BR Properties ON (BRPR3) e Bradesco ON (BBDC3) são as mais cotadas para as novas integrantes do Ibovespa
 (Germano Lüders/EXAME.com)

Agência do Bradesco: BR Properties ON (BRPR3) e Bradesco ON (BBDC3) são as mais cotadas para as novas integrantes do Ibovespa (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 14 de março de 2013 às 13h18.

São Paulo - No dia 1º de abril, a BM&FBovespa vai divulgar a primeira prévia do que deve ser a nova carteira teórica do Índice Bovespa. Na visão dos analistas da corretora do Itaú Unibanco, há grandes chances de as ações ordinárias (ON, com direito a voto) do Bradesco e da BR Properties entrarem no índice.

Três vezes por ano, a Bovespa muda a carteira teórica do Ibovespa. Antes de cada mudança, três prévias são divulgadas. Para esta primeira mudança do ano, além da prévia de 1º de abril, haverá outras duas, publicadas nos dias 16 de abril e 3 de maio. A nova carteira teórica entrará em vigor na semana seguinte, no dia 6 de maio.

Logo, ainda faltam mais de 30 pregões até a mudança. Os analistas do Itaú observam que, até lá, muita coisa pode mudar nas projeções. Mas, até agora, BR Properties ON (BRPR3) e Bradesco ON (BBDC3) são as mais cotadas para as novas integrantes do Ibovespa.

Ainda não há, segundo relatório do Itaú enviado a clientes, candidatas a eliminações. Porém, as ações ON da Ecorodovias (ECOR3) e as ON da Even (EVEN3) “estão próximas da barreira de entrada (no índice), então pode valer a pena ficar de olho nas duas”, dizem os analistas.

Método

A metodologia de recomposição do Ibovespa usa três filtros para determinar se uma empresa será ou não acrescentada. O primeiro é a presença de negócios diários nos últimos 12 meses, que deve ser superior a 80% dos pregões nesse período. Além disso, a bolsa leva em conta ainda a contribuição para o volume total de negócios da bolsa em um dia, que deve ser maior do que 0,1%.

O terceiro filtro é o do índice acumulado de negociabilidade (IN), que é uma ponderação entre o número de negócios realizados com uma determinada ação e o volume negociado dessa ação. Ele deve atingir 80%. O mais difícil é passar pelo último filtro, segundo os analistas do Itaú.

Segundo os analistas, o setor que mais tem a ganhar nessa recomposição do Ibovespa é o de energia, com um aumento de 1,7% da participação no Ibovespa. Esse avanço é diretamente ligado ao aumento de peso de OGX, empresa que atua no setor de petróleo.

As ações da OGX têm sido fortemente negociadas, muito em função das recentes notícias envolvendo a empresa e seu dono, Eike Batista. As últimas informações mais relevantes foram a produção fraca de petróleo em fevereiro, que favoreceu um forte movimento de venda dos papéis, e a associação de Eike Batista com o BTG Pactual, de André Esteves, para financiar projetos das empresas de Eike. Essa última notícia provocou uma corrida pela compra das ações da OGX.

Essa forte movimentação com papéis da OGX deve elevar o peso da ação no Ibovespa de 2,8% para 4,8%. Do lado oposto, os setores de consumo devem perder mais nesta recomposição, chegando a ter quase 0,7% a menos em participação no índice.

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