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IPOs secam com excesso de intervenções de Dilma

A política intervencionista da presidente para estimular o crescimento está tirando do país a posição de maior mercado da AL para ofertas públicas de ações

O IPO da empresa Linx SA foi a primeira abertura de capital do Brasil em nove meses, depois de três IPOs em todo o ano passado, menor volume desde 2003 (Marcel Salim/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de fevereiro de 2013 às 08h25.

São Paulo - A política intervencionista da presidente Dilma Rousseff para estimular o crescimento está derrubando os mercados e tirando do País a posição de maior mercado da América Latina para ofertas públicas de ações.

O IPO da empresa de software para varejo Linx SA, que levantou R$ 527,9 milhões em 6 de fevereiro, foi a primeira abertura de capital do Brasil em nove meses, depois de três IPOs em todo o ano passado, menor volume desde 2003.

No México, foram seis ofertas públicas, incluindo a do Grupo Financiero Santander Mexico SAB, maior oferta de ações do país. Foi a primeira vez em nove anos em que o Brasil não teve o maior número de IPOs da região.

O índice Bovespa caiu 23 por cento em dólares no ano passado, comparado ao ganho acumulado de 1 por cento do MSCI Emerging Market Index. As intervenções corroeram o lucro em alguns dos principais setores industriais do País.

As medidas de Dilma incluem a imposição de que a Petróleo Brasileiro SA cobre preços para a gasolina abaixo dos praticados no mercado internacional, pressão para que os bancos reduzam seus lucros a “níveis civilizados” e renovação dos contratos de concessão das elétricas de forma a forçar a redução das tarifas de energia cobradas dos consumidores.

“O que tem afastado o investidor da renda variável é essa insegurança em relação à interferência do governo nos mercados”, disse Fausto Gouveia, que ajuda a administrar R$ 380 milhões na Legan Administração de Recursos, em entrevista por telefone de São Paulo.

“Pelo desempenho recente da Bovespa já dá para ver que mal tem fluxo de compra para os papéis que já estão aí, por que seria diferente para uma empresa nova?”

O Ministério da Fazenda não quis comentar a queda no volume de IPOs, segundo comunicado por e-mail. O escritório presidencial não respondeu ao e-mail enviado pela Bloomberg.

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O IPO da empresa de software para varejo Linx SA, que levantou R$ 527,9 milhões em 6 de fevereiro, foi a primeira abertura de capital do Brasil em nove meses, depois de três IPOs em todo o ano passado, menor volume desde 2003.

No México, foram seis ofertas públicas, incluindo a do Grupo Financiero Santander Mexico SAB, maior oferta de ações do país. Foi a primeira vez em nove anos em que o Brasil não teve o maior número de IPOs da região.

O índice Bovespa caiu 23 por cento em dólares no ano passado, comparado ao ganho acumulado de 1 por cento do MSCI Emerging Market Index. As intervenções corroeram o lucro em alguns dos principais setores industriais do País.

As medidas de Dilma incluem a imposição de que a Petróleo Brasileiro SA cobre preços para a gasolina abaixo dos praticados no mercado internacional, pressão para que os bancos reduzam seus lucros a “níveis civilizados” e renovação dos contratos de concessão das elétricas de forma a forçar a redução das tarifas de energia cobradas dos consumidores.

“O que tem afastado o investidor da renda variável é essa insegurança em relação à interferência do governo nos mercados”, disse Fausto Gouveia, que ajuda a administrar R$ 380 milhões na Legan Administração de Recursos, em entrevista por telefone de São Paulo.

“Pelo desempenho recente da Bovespa já dá para ver que mal tem fluxo de compra para os papéis que já estão aí, por que seria diferente para uma empresa nova?”

O Ministério da Fazenda não quis comentar a queda no volume de IPOs, segundo comunicado por e-mail. O escritório presidencial não respondeu ao e-mail enviado pela Bloomberg.

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